“O Presidente pediu às agências de serviços secretos para realizarem uma análise completa sobre o que se passou durante o processo eleitoral 2016”, declarou a sua conselheira para a segurança interna Lisa Monaco.
“Ele espera um relatório antes da sua saída do poder. Cabe-nos fazer um balanço, compreender o que se passou e daí retirar lições”, acrescentou a conselheira, num encontrou organizado pelo jornal Christian Science Monitor.
No início de outubro, Washington acusou abertamente Moscovo de tentar interferir no processo eleitoral dos Estados Unidos, orquestrando atos de pirataria de contas de correio eletrónico de figuras públicas e instituições norte-americanas.
Senadores democratas pediram a Obama que tornasse públicos os elementos desse caso.
O Presidente eleito, o polémico magnata nova-iorquino do imobiliário Donald Trump, que repetiu durante a campanha elogios ao Presidente russo, Vladimir Putin, sempre afirmou não acreditar em qualquer ingerência de Moscovo para enfraquecer a sua adversária democrata, Hillary Clinton.
“Não acredito que eles tenham interferido”, declarou Trump à revista Time, que o nomeou na quarta-feira “Personalidade do Ano”.
No princípio de setembro, o diretor da polícia federal (FBI), James Comey, disse levar “muito a sério” o risco de ingerência de um país estrangeiro no processo eleitoral norte-americano.
Menosprezou, contudo, o risco de ataques informáticos destinados a perturbar a contagem de votos no dia do escrutínio, especialmente devido ao caráter um pouco antiquado e diferente do sistema eleitoral norte-americano.
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