O ex-coordenador do BE faleceu hoje, depois de anos de luta contra o cancro.
“Era a notícia que todos aguardávamos, mas que ninguém queria receber. Infelizmente, apesar do João dizer que a morte o apanharia feliz, a nós deixa-nos tristes”, disse o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
O governante sublinhou o exemplo de vida de João Semedo, frisando: “Era um homem sério e bom, dedicado à causa publica e com um sentido muito apurado do que é o dever de cada um de nós para com os outros”.
“Nesse sentido temos tido um ano difícil, foi o António Arnaut e agora o João Semedo. São pessoas que vão fazer muita falta”.
“O Semedo estará sempre no nosso pensamento, pelo exemplo de vida, pela coragem com que lidou com a doença, pela dignidade como soube aceitar o fim da vida e como morreu”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.
O antigo coordenador do Bloco de Esquerda teve uma vida dedicada à atividade política nacional e internacional, às artes e à medicina, tendo mesmo sido um dos autores da nova proposta de Lei de Bases da Saúde.
Membro da direção do movimento cívico “Direito a morrer com dignidade”, João Semedo nasceu a 20 de junho de 1951, em Lisboa, cidade onde frequentou o Liceu Camões e onde se veio a licenciar, na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1975.
Depois de um longo percurso como médico e político, lançou em janeiro de 2018, em conjunto com António Arnaut, o livro “Salvar o SNS – Uma nova lei de bases da Saúde para defender a democracia”.
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