As autoridades dinamarquesas precisaram que o objeto foi localizado perto do gasoduto Nord Stream 2 e confirmaram que o Presidente russo, Vladimir Putin, foi informado da situação, de acordo com o jornal dinamarquês Helsingin Sanomat.
Não foram fornecidos pormenores sobre o objeto em questão, nem foram divulgadas, até ao momento, imagens.
Mesmo assim, a diplomacia dinamarquesa disse que “objeto foi removido” e que não há perigo para a navegação na zona.
O anúncio do Governo dinamarquês ocorre no mesmo dia em que o chefe de Estado russo disse ao canal de televisão Rossiya-1 que a empresa estatal russa de gás Gazprom tinha encontrado um objeto “parecido com uma antena” a cerca de três quilómetros do local onde se registaram as explosões que afetaram os gasodutos Nord Stream 1 e 2.
Segundo Putin, o dispositivo poderia ser utilizado para receber um sinal para fazer detonar explosivos.
Os acontecimentos relacionados com as explosões continuam por esclarecer, sendo que notícias divulgadas nos Estados Unidos pelo jornalista Seymour Hersh referiram que as explosões foram supostamente provocadas pelos serviços de informações norte-americanos (CIA).
A Casa Branca negou as informações de Hersh.
No início de março, notícias publicadas na Alemanha pela revista Der Spiegel, que citavam fontes judiciais de Berlim (não identificadas), referiram que os investigadores estavam a trabalhar no sentido de se descobrir se as explosões foram “um atentado” levado a cabo por um “comando de ucranianos pró-Kiev”.
Nas declarações de hoje, Putin reiterou as posições anteriores das autoridades russas e afirmou que “não faz sentido” afirmar-se que se tratou de um “atentado terrorista” da Ucrânia.
Para o chefe de Estado russo, “apenas um Estado dispõem da tecnologia necessária” para uma operação daquela natureza.
“Que é um atentado, isso não é segredo para ninguém. Creio que todos já o admitiram (que se tratou de um atentado). Mas, foi um ato cometido a nível estatal. Nenhum amador pode ter levado a cabo tal ação”, disse Vladimir Putin.
O chefe de Estado russo voltou a pedir a constituição de uma comissão de investigação internacional, sob a supervisão da ONU, sobre as explosões que danificaram o gasoduto, que liga a Rússia à Europa, através da Alemanha.
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