A obra é proveniente da coleção da Fundação Thomas e Doris Ammann, com sede em Zurique, na Suíça, e todos os rendimentos da venda beneficiarão a entidade dedicada a melhorar a vida das crianças em todo o mundo, criando sistemas de apoio para prestação de cuidados de saúde e programas educacionais.
Com 100% das receitas destinadas à caridade, a Christie’s afirma, no comunicado, esperar que venha a ser “a obra de arte mais cara do século XX”, e torne este “o leilão filantrópico de valor mais elevado” desde a venda da coleção privada dos milionários norte-americanos Peggy e David Rockefeller, em 2018.
A serigrafia, com um metro, apresenta a atriz norte-americana Marilyn Monroe com o rosto pintado de cor-de-rosa, cabelo amarelo, lábios rubi, e sombra azul nos olhos.
Andy Warhol, considerado o pai da ´pop art´, produziu quatro obras depois da morte da atriz, em 1962, que ficaram conhecidas como as “Shot Marilyns”, todas do mesmo tamanho, e com fundos de cores diferentes.
“Esta é a pintura mais significativa do século XX a ser leiloada numa geração. Marilyn de Andy Warhol é o auge absoluto do pop americano e a promessa do sonho americano, que reúne otimismo, fragilidade, celebridade e iconografia ao mesmo tempo”, considera Alex Rotter, presidente da Christie’s, citado no comunicado.
O responsável coloca a obra ao nível de pinturas como “Nascimento de Vénus”, de Sandro Botticelli, “Mona Lisa”, de Leonardo Da Vinci, e “Les Demoiselles d’Avignon”, de Pablo Picasso, considerando-a “uma das melhores pinturas de todos os tempos”.
A serigrafia já foi exibida nalguns dos mais importantes museus do mundo, como o Museu Guggenheim, em Nova Iorque, o Centro Georges Pompidou, em Paris, a Tate Modern, em Londres, o Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, ou a Neue Nationalgalerie, em Berlim.
Em 1998, a leiloeira Sotheby’s vendeu a obra com Marilyn sobre fundo laranja por 17 milhões de dólares (15,4 milhões de euros).
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