“A contraproposta do Governo é exatamente ou em proporção igual para todos ou um valor fixo ou apenas proporcional aumentando a proporção para os níveis remuneratórios mais baixos”, disse a presidente do STE, Helena Rodrigues, à saída da reunião no Ministério das Finanças.
“Nós não sabemos quais são os níveis remuneratórios mais baixos”, acrescentou, defendendo que “aqueles que ganham acima de mil euros”, como é o caso dos técnicos superiores, “não são os ricos da administração pública” e são aqueles que “foram chamados a pagar de uma forma mais violenta a redução do défice em anos anteriores”.
A dirigente sindical reafirmou que o STE não abdicará de aumentos salariais em percentagem para todos os trabalhadores, lembrando que a estrutura sindical reivindica uma atualização salarial de 3%.
Sobre a proposta de faseamento para pagamento das progressões na carreira para 2019 apresentada aos sindicatos, Helena Rodrigues disse esperar que esta solução permita aumentar a margem para aumentos salariais.
“Há aqui um esforço [para voltar à normalidade] que se for faseado provavelmente haverá maior margem para acomodar valorizações salariais para todos”, sublinhou a sindicalista, que disse não conhecer qual o montante que o Governo irá disponibilizar.
Sobre a possibilidade de serem 50 milhões de euros destinados aos aumentos salariais, como tem sido noticiado, a presidente do STE contrapôs com os “792 milhões que foram necessários para o Novo Banco em 2017”, lembrando que para 2018 “já se coloca a questão de mais 700 milhões”.
As três estruturas sindicais da administração pública - STE, Frente Comum e FESAP - estão a ser recebidas esta tarde no Ministério das Finanças para discutir o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
Segundo o STE, ficou agendada uma nova reunião para dia 10.
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