Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à feira agrícola AgroSemana, na Póvoa de Varzim, o líder comunista lembrou que o seu partido "há muito tempo defende essa posição", considerando que "o próximo Orçamento de Estado seria uma boa altura para colocar a proposta em prática".
"Não vamos desistir, o processo de negociação do Orçamento de Estado tem de ser encarado no seu conjunto, mas há matérias em que vamos estar diretamente empenhados para que se concretize", apontou Jerónimo de Sousa, referindo-se a esta questão.
O secretário-geral do PCP disse ainda esperar que o executivo liderado por António Costa esteja também sensível à questão.
"Ao exemplo de outras matérias, em que parecia que o Governo do PS não queria dar o passo, a nossa intervenção e persistência acabou por levar a que muitas propostas fossem aceites", recordou.
Jerónimo de Sousa comentou ainda os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística sobre o desemprego em Portugal, que se mantêm nos 6,8 %, o valor mais baixo desde 2002, lembrando, ainda assim, que é preciso verificar "a qualidade do emprego".
"Hoje, os níveis de precariedades, não só na administração publica, mas, sobretudo, no setor privado, levam a uma desvalorização dos salários e dos direitos dos trabalhadores que tem de ser invertidos. Essa é uma batalha que ainda falta resolver", considerou o líder do PCP.
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