A reunião foi convocada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, com o objetivo de se analisar se a nova epidemia, declarada a 01 de agosto, em Mangina, na província de Nord-Kivu, na zona este da RDCongo, representa “uma emergência de saúde pública de amplitude internacional”.
O epicentro da epidemia transferiu-se entretanto para Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.
Estatísticas atualizadas da OMS indicam que o total de casos sinalizados ascende a 211 (176 confirmados e 35 prováveis) e o registo de mortos é 135.
No sábado, as autoridades congolesas disseram que estão a enfrentar agora uma “segunda onda” da epidemia.
“Esta segunda onda é o resultado da resistência da comunidade à resposta, a existência de cidades mortas e insegurança e a fraca colaboração de práticas tradicionais em atividades de resposta”, disse Oly Ilunga, Ministro da Saúde da RDCongo, durante uma conferência de imprensa.
Ilunga notou que, pela primeira vez, um elemento da missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) foi contaminado com o vírus do ébola e observou que mais de 16.200 pessoas foram vacinadas.
A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99% na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
A OMS foi então fortemente criticada pela resposta lenta à epidemia.
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