“A decisão baseou-se no número crescente e na contínua dispersão geográfica dos casos, nos desafios operacionais no terreno e na necessidade de reunir e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros”, adiantou a OMS em comunicado.

O nível de alerta PHEIC (Public Health Emergency of Internacional Concern) é o mais elevado da OMS e foi também declarado para a pandemia da covid-19.

O comité de emergência da OMS, que aconselha o diretor-geral, reuniu-se hoje para analisar a evolução da doença pela segunda vez, depois de, numa primeira reunião realizada em agosto, ter recomendado que a mpox fosse declarada como uma emergência global de saúde pública, tendo em conta a circulação de uma nova variante do vírus.

O surto de mpox na República Democrática do Congo e a sua propagação aos países vizinhos foi, assim, declarado pela primeira vez por Tedros Adhanom Ghebreyesus uma emergência de saúde pública em 14 de agosto.

O relatório da reunião, que inclui recomendações temporárias emitidas pelo diretor-geral, será publicado na próxima semana, adiantou ainda a OMS.

Um surto global de mpox começou em maio de 2022 e, nos últimos meses, os casos têm aumentado na República Democrática do Congo.

Uma nova variante do vírus (clade Ib) está a causar surtos em áreas do país anteriormente não afetadas e disseminou-se por países que não tinham relatado casos mpox anteriormente.

Desde 01 de janeiro de 2022, foram notificados à OMS um total de 115.101 casos confirmados por laboratório de mpox em 126 países e 255 mortes.

De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, em Portugal, desde 2022, foram identificados três surtos, perfazendo, até 31 de outubro, um total de 1.208 casos confirmados e duas mortes.