Uma jovem da comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo) foi assassinada na quinta-feira, no município de La Libertad, departamento de Comayagua, enquanto dois homens homossexuais morreram na quarta-feira na cidade de San Pedro Sula, no norte do país, revelou o Oacnudh em comunicado divulgado na rede social Twitter.
"Segundo as informações recolhidas, a jovem de 18 anos foi atingida por mais de 10 tiros e uma pedrada na cabeça à porta da sua casa", acrescentou o Observatório, que se manifestou solidário com as famílias das vítimas.
Numa outra mensagem, o Alto Comissariado da ONU instou o Estado das Honduras a “realizar investigações imediatas” das mortes violentas, incluindo uma “linha de investigação de crimes de ódio”.
O Oacnudh também expressou a sua “preocupação com os ataques, ameaças e assédios” que a comunidade LGBTI enfrenta naquele país.
E lembrou que o Estado hondurenho deve “garantir a verdade, a justiça e evitar estes crimes, ao invés da repetição dos factos”.
Nas Honduras, 28 membros da comunidade LGBTI morreram no ano passado e a impunidade envolve mais de 90% dos casos, segundo dados de organizações de direitos humanos.
Ativistas acreditam que a falta de investigação e punição adequada dos agressores de membros da comunidade LGBTI contribuem para que esses casos se registem.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH) condenou o Estado de Honduras em 2021 pela morte de Vicky Hernández, uma mulher transexual e defensora dos direitos humanos que foi executada extrajudicialmente, em 28 de junho de 2009, durante o golpe de Estado naquele ano.
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