Nações Unidas, 23 dez (Lusa) - A Assembleia-Geral da ONU decidiu assinalar o 100.º aniversário do nascimento de Nelson Mandela com uma cimeira de alto nível focada na paz mundial antes da reunião anual de líderes em setembro de 2018.
Adotada na sexta-feira, sem votação, a resolução diz que a “Cimeira da Paz Nelson Mandela” vai incluir discursos de altos responsáveis da ONU, da Comissão da União Africana e de Estados-membros, de acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press.
A resolução invoca a dedicação do líder anti-apartheid na promoção da resolução do conflito, nas relações inter-raciais, direitos humanos, reconciliação e igualdade de género.
Em 2009, a Assembleia-Geral da ONU estabeleceu 18 de julho como “Dia Internacional de Nelson Mandela”, data de nascimento do histórico líder sul-africano, instando todo o mundo a assinalar a efeméride fazendo a diferença nas comunidades em que se inserem.
Um dos políticos mais conhecidos e respeitados do mundo, Nelson Mandela, também conhecido como Madiba, morreu em 5 de dezembro de 2013 aos 95 anos, vítima de doença prolongada após uma pneumonia reincidente.
Mandela, que esteve preso 28 anos (1962-1990), acusado de sabotagem e luta armada contra o governo racista da África do Sul, tornou-se, em 1994, no primeiro Presidente negro do país, ao ser eleito nas primeiras eleições livres e multirraciais.
Mandela, que em 1993 recebeu o Nobel da Paz juntamente com Frederik de Klerk, governou África do Sul até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, como referência na luta contra a segregação racial, e visto pelos seus compatriotas como o patriarca da “nação do arco-íris”.
Após o fim do mandato, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos, como o apoio à campanha de recolha de fundos contra a SIDA, chamada 46664 - número que evoca a sua ficha prisional.
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