A investigação iniciou-se na sequência de troca de informação no quadro da cooperação internacional e em estreita colaboração e articulação com as autoridades policiais e judiciárias da Colômbia (Polícia Nacional), Espanha (Polícia Nacional) e Estados Unidos (DEA - Drug Enforcement Administration, HSI - Homeland Security Investigations e CBP - Customs and Border Protection), refere a PJ em comunicado.

Em maio deste ano, a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ apreendeu um total de 986 Kg de cocaína, transportados num contentor marítimo proveniente da Colômbia e que entrou em território nacional através do Porto de Setúbal.

No interior do contentor eram transportadas, como carga legal, cerca de 20 toneladas de bananas, encontrando-se a droga dissimulada no fundo das caixas de cartão onde a fruta vinha acondicionada, recordam.

No decurso da investigação desenvolvida pela PJ identificou-se os responsáveis pela importação da cocaína e outros suspeitos.

Foram depois emitidos 20 mandados de busca domiciliária e não domiciliária e quatro mandados de detenção, cumpridos na passada terça feira.

Num dos armazéns, alvo das buscas realizadas, encontrava-se em pleno funcionamento um laboratório industrial, no interior do qual foram apreendidos cerca de 460 Kg cocaína já processada e 32,5 Kg em processo de transformação.

No local, encontravam-se a laborar três homens, detidos em flagrante delito. Foram, também, apreendidas duas armas de fogo, uma prensa, diverso equipamento laboratorial, elevadas quantidades de produtos químicos e uma elevada quantidade de dinheiro em numerário.

O resultado final desta operação que ficou conhecida como ‘Pacoba’ traduziu-se na detenção de sete suspeitos (quatro cidadãos portugueses, dois colombianos e um marroquino), na apreensão de 1.478,5 Kg de cocaína, três armas de fogo, elevadas quantidades de dinheiro, várias viaturas ligeiras e pesadas e no desmantelamento do referido laboratório, sublinha a PJ.

Esta operação policial contou com a participação do Laboratório de Polícia Científica da PJ e com o apoio da Guarda Nacional Republicana.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 29 e os 56 anos, irão ser presentes à autoridade judiciária competente para efeitos de primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

Entretanto, a polícia continua a investigar.