Reino Unido

O Reino Unido registou 154 mortes nas últimas 24 horas, menos do que na véspera, elevando para 43.081 o total acumulado durante a pandemia de covid-19, anunciou hoje o ministério da Saúde britânico.

Dos 232.086 testes efetuados, 653 foram positivos, aumentando para 306.862 o número de casos de contágio desde o início da pandemia.

Na terça-feira, o balanço tinha sido de mais 171 mortes e 874 novos infetados relativamente à véspera.

A redução da mortalidade e da taxa de infeção levou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciar a reabertura no início de julho de bares, restaurantes, cabeleireiros, museus e cinemas – encerrados desde o final de março.

No entanto, representantes da classe médica escreveram hoje uma carta aberta na publicação especializada British Medical Journal alertando para o "risco real" de uma segunda vaga da pandemia do novo coronavírus quando o país está prestes a entrar numa fase importante do fim do confinamento.

"Embora seja difícil prever o formato da pandemia no Reino Unido, as evidências disponíveis mostram que os focos são cada vez mais prováveis e que uma segunda vaga constitui um risco real", escreveram os signatários, entre os quais o presidente daAssociação Médica Britânica, que representa os médicos do Reino Unido.

Os signatários pedem o estabelecimento de uma comissão "construtiva" e "não partidária" que produzirá uma avaliação a partir de agosto e no final de outubro, o mais tardar.

Espanha

O Ministério da Saúde espanhol comunicou hoje que há 196 novos casos de pessoas contagiadas com a covid-19 e duas mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas.

Os serviços sanitários espanhóis atualizaram para 247.086 o total de pessoas infetados desde o início da pandemia e para 196 os novos casos diagnosticados no último dia, um aumento significativo em relação aos 108 de terça-feira.

Por outro lado, já morreram 28.327 pessoas com a pandemia, mais duas do que o total de terça-feira, havendo 10 óbitos notificados na última semana, metade dos quais na comunidade autónoma de Castela e Leão.

O relatório diário com a atualização da situação epidemiológico no país avança que já passaram pelos hospitais 124.964 pessoas com covid-19, tendo dado entrada na última semana 150.

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, assegurou hoje que os mecanismos de deteção precoce das comunidades autónomas estão a funcionar e a agir de forma decisiva quando ocorre um surto da covid-19, detetando todos os contactos havidos.

Numa intervenção feita na Comissão de Saúde do Senado (câmara alta do parlamento) advertiu que não se pode baixar a guarda e recordou que esta semana se registaram vários surtos, alguns deles em quatro regiões da comunidade de Aragão, o que levou a um regresso à fase anterior e voltar a impor algumas medidas de confinamento.

O ministro revelou ainda que pretende aumentar a cobertura da vacinação contra a gripe durante a campanha 2020-2021, especialmente entre os profissionais de saúde e de assistência social, as pessoas com mais de 65 anos, as mulheres grávidas e os grupos de risco, para precaver um possível novo surto de covid-19 no outono.

Itália

A Itália registou mais 30 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas e soma 190 novos casos de infeção, um ligeiro aumento face a terça-feira, segundo os dados divulgados hoje pela Proteção Civil.

O balanço feito pelas autoridades indica que o total de infetados é agora de 239.410, e o número total de mortes de 34.644, desde que começou a crise em Itália, em 21 de fevereiro.

A Província Autónoma de Trento, no norte de Itália, corrigiu os dados fornecidos na terça-feira e retirou 61 mortes dos números oficiais, que não se terão registado por infeção do novo coronavírus.

Assim, as mortes nas últimas 24 horas são 30 e estes novos dados representam uma pequena recuperação em relação ao dia anterior, que atingiu o mínimo de mortes desde o final de fevereiro, apesar de um maior número de testes ter sido realizado, com cerca de 53 mil.

Já o número de novos casos de covid-19, com 190 confirmados, significa um ligeiro aumento face ao dia anterior, em que houve 122 novos contágios registados, o menor aumento desde o começo da crise.

Atualmente, em Itália existem 18.655 pessoas na fase ativa da doença, embora a grande maioria dos casos, cerca de 90%, esteja em isolamento nas suas próprias casa, com ou sem sintomas leves.

Já 1.610 infetados estão hospitalizados e 107 recebem cuidados intensivos, registando-se uma redução de oito casos em relação a terça-feira, o que permite manter os hospitais italianos longe dos níveis de saturação atingidos nos piores momentos da pandemia, em março.

A região mais afetada ainda é a Lombardia, no norte, embora com números muito mais reduzidos.

A Lombardia registou uma quebra significativa de doentes internados, com menos 218, e três destes casos saíram dos cuidados intensivos.

No entanto, os novos casos de contágio registados hoje são 88, o que eleva para 93.261 infestados naquela região, tendo-se registado ainda sete mortes.

França

Daquele total, 19.243 mortes foram registadas em hospitais, enquanto os dados dos lares de idosos apenas serão atualizados no próximo dia 30, acrescentou a DGS em comunicado.

Desde o início da pandemia, 104.144 pessoas passaram pelos centros hospitalares, das quais 18.321 tiveram que ser internadas nas unidades de cuidados intensivos, com 75.127 a regressarem a casa.

Na atualidade, 9.299 pacientes recebem tratamento hospitalar, 97 dos quais nas últimas 24 horas, e 658 estão nas unidades de cuidados intensivos, menos 24 do que na véspera.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.