Segundo o advogado Vitor Parente Ribeiro, em comunicado enviado à agência Lusa, a ação cível será ainda apresentada contra o Estado português, que recentemente perdeu o recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH).
No início do ano, o tribunal tinha considerado que a investigação do caso da morte dos jovens durante uma praxe académica tinha sido deficiente, condenando o Estado “ao pagamento de indemnização (simbólica), pelo facto do processo criminal ter sido deficientemente conduzido na fase de investigação”.
Inconformado com a condenação, o Estado pediu em abril a reapreciação da decisão, mas soube-se agora que o recurso “não foi admitido".
Os familiares dos jovens consideraram lamentável “a imagem que o Estado Português transmitiu sobre a realização da Justiça em Portugal, permitindo que o inquérito onde se investigava a morte de seis jovens ficasse irremediavelmente inquinado”, tendo contribuído para que a “eventual responsabilidade criminal do factos em investigação jamais fosse apurada" e decidiram apresentar ações cíveis.
A nota dá conta que é pretensão dos pais dar entrada de uma ação de responsabilidade civil contra o Estado, contra a atual ministra da Justiça, à data dos factos procuradora-geral distrital de Lisboa e também contra o Procurador Coordenador de Almada na altura do incidente.
"Esta decisão foi tomada por se entender que a conduta do Estado resultou na denegação de justiça às famílias das vítimas dos estudantes na sequência de praxes académicas", refere o advogado.
A 15 de dezembro de 2013, seis estudantes da Universidade Lusófona morreram ao serem arrastados para o mar por uma onda e apenas um colega sobreviveu, o ex-'dux' João Gouveia.
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