De acordo com o biógrafo Peter Seewald, que no sábado passado entregou a Joseph Ratzinger a sua biografia, o Papa emérito, de 93 anos, está num estado extremamente delicado, embora se tenha mostrado otimista, apesar da doença, relata o jornal.
Seewald explicou que Bento XVI raciocina e mantém a memória, embora a voz seja praticamente impercetível, e que o Papa emérito declarou que, se recuperar as forças, poderá escrever algumas linhas novamente.
O testamento de Bento XVI já está escrito e será tornado público após sua morte, acrescentou.
Ratzinger expressou o desejo de descansar no antigo túmulo do seu antecessor, o Papa João Paulo II, na cripta de São Pedro.
João Paulo II repousa Capela de São Sebastião, contígua à que alberga a escultura La Pietà (A Piedade), de Miguel Ângelo.
Seewald e Bento XVI publicaram em conjunto quatro livros de entrevistas com uma circulação internacional de cerca de três milhões de cópias.
A biografia feita por Seewald é a mais abrangente e detalhada do Papa emérito e já vai na 3.ª edição desde que foi publicada, este ano. Já está a ser planeada a tradução em 10 idiomas.
Na apresentação do livro, no Mosteiro Mater Ecclesiae, nos jardins da Cidade do Vaticano, onde reside o Papa emérito desde que renunciou, em fevereiro de 2013, participou também o seu secretário pessoal, o arcebispo Georg Gänswein.
Bento XVI agradeceu a Seewald, quem descreveu como um historiador profundo e “narrador vivo” da sua história pessoal.
A apresentação pessoal do livro teve de ser adiada várias vezes por causa da pandemia de covid-19.
O irmão do Papa emérito, que estava gravemente doente, morreu no passado dia 01 de julho, aos 96 anos.
Bento XVI visitou o irmão em Ratisbona, entre 18 a 22 de junho, depois de voar do Vaticano para Munique acompanhado do seu secretário pessoal, de um médico, uma enfermeira, uma outra pessoa também cuidadora e o vice-comandante do Corpo da Guarda do Estado da Cidade do Vaticano.
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