Segundo a ABC Color, jornal paraguaio citado pela BBC, as armas, espingardas FN FAL de elevado calibre produzidas pela belga FN Herstal, estavam armazenadas no Departamento de Armamentos e Munições da Polícia Nacional em Capiatá, cidade a sudeste de Asunción, a capital do país.

As espingardas tinham sido armazenadas porque a Polícia se encontrava a renovar o seu arsenal, mas estavam ainda em boas condições.

A vistoria, realizada no dia 20 de agosto, foi ordenada depois das espingardas começarem a aparecer à venda no mercado negro, onde podem chegar até aos 10.000 dólares (8605,95 euros).

Escreve o ABC Color que os inspetores encontraram algumas discrepâncias entre o conjunto de armas que figurava na lista e os exemplares presentes no depósito, pelo que pediram auxílio a técnicos da Polícia e da Direção de Material Bélico (Dimabel). A perícia concluiu que eram réplicas e não armas reais.

O agente responsável pelo depósito já foi substituído, mas não foi considerado cúmplice nem foram feitas quaisquer detenções.

Imagens das armas falsas começaram a circular nas redes sociais, com os media paraguaios a descreverem o caso como "o mais embaraçoso escândalo" da história da Polícia do Paraguai.

O paradeiro das armas verdadeiras ainda é incerto, crendo-se que tenham sido contrabandeadas com destino à Argentina ou ao Brasil. O estado brasileiro queixa-se frequentemente de confiscar armas ilegais com proveniência do Paraguai.