Os trabalhos deverão ser suspensos no final do dia e retomados a 14 de outubro, com o chamado Discurso da Rainha, protocolo que inclui a deslocação da monarca ao Parlamento para iniciar uma nova sessão legislativa.
Apesar de ter defendido a suspensão mais curta, para permitir a participação do primeiro-ministro, Boris Johnson, no debate semanal de quarta-feira com os deputados, o partido Trabalhista desta vez não se opôs à suspensão.
Em setembro, trabalhistas, nacionalistas escoceses e liberais democratas envolveram-se numa série de ações judiciais contra a suspensão do parlamento por cinco semanas, que foi autorizada pela rainha a conselho do governo.
No final, o Supremo Tribunal, considerou a medida “ilegal, nula e sem efeito”, alegando que o objetivo era impedir que o parlamento cumprisse o papel de escrutinar o governo, o que levou à reabertura duas semanas depois do início.
Boris Johnson argumentou que a abertura de uma nova sessão legislativa permite introduzir uma nova proposta de lei para a Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) caso consiga chegar a um acordo com Bruxelas, na sequência da proposta feita hoje para romper o impasse do ‘Brexit’.
Porém, também pretende apresentar uma série de medidas para investimento em serviços públicos, infraestruturas, combate ao crime e proteção do ambiente são outros dos pontos que pretende incluir.
“Quero cumprir as prioridades das pessoas. Através de um Discurso da Rainha, o governo vai definir os seus planos para o NHS [sistema nacional de saúde], escolas, combate ao crime, investimento em infraestruturas e construção de uma economia forte”, disse Johnson.
O discurso é seguido por um debate, que deverá culminar numa votação na semana seguinte, o qual será também um teste à confiança dos deputados no governo, o qual não possui atualmente maioria no parlamento.
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