A resolução foi aprovada em sessão plenária extraordinária do Parlamento pelas três forças políticas independentistas (Juntos por Catalunha, Esquerda Republicana da Catalunha e Candidatura de Unidade Popular) e contou com os votos contra do Cidadãos, Partido Socialista da Catalunha e Partido do Povo da Catalunha.
O texto afirma que “a saga dos Bourbon (a família real espanhola) tem sido uma calamidade histórica para a Catalunha” e acusa o rei emérito Juan Carlos de ter aceitado “a sucessão do general Franco, jurando fidelidade aos princípios do seu regime”, pelo que “a monarquia espanhola é a continuação do regime anterior”.
A resolução também denuncia a “fuga consentida do rei (emérito) Juan Carlos para escapar à ação da justiça” e fala de uma “monarquia criminosa”, de “sistema autonómico falido” e de “democracia intervencionada pelo poder judiciário”.
Juan Carlos comunicou na segunda-feira ao seu filho, rei Felipe VI, que decidiu deixar Espanha e escolher outro país para viver, perante a repercussão pública das investigações sobre os seus alegados fundos em paraísos fiscais.
Numa declaração, o rei emérito de Espanha explicou que enviou uma carta ao filho comunicando a decisão, que garante que tomou “com profundo sentimento, mas com grande serenidade”.
Juan Carlos disse que pretende facilitar o exercício das funções de Felipe VI, pelo que deixará de viver no Palácio da Zarzuela e sai de Espanha, perante “a repercussão pública” de “certos eventos do passado”.
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