Esta votação sem precedentes na história da República da Áustria contou com os votos dos socialdemocratas e do partido nacionalista FPÖ, cujo líder havia sido obrigado a renunciar ao seu posto de número dois do governo, em função do mesmo escândalo.

O resultado da votação foi anunciado pela vice-presidente do Parlamento, Doris Bures.

Com o afastamento de Sebastian Kurz, a Áustria ficará assim com um governo de gestão até às próximas eleições, que se deverão realizar em setembro.

Isto porque na sequência do escândalo, Kurz propôs a realização de eleições legislativas antecipadas. “Propus ao Presidente da República que as eleições legislativas sejam realizadas o mais rapidamente possível”, afirmou Kurz numa conferência de imprensa a 18 de maio.

Apesar de, na sequência do escândalo, Kurz ter perdido 13 dos seus ministros, propôs ainda manter-se como chanceler até às eleições. No entanto, acaba de perder o voto de confiança que lhe permitiria permanecer no cargo.

O líder do partido de extrema-direita FPÖ e número dois do Governo austríaco, Heinz-Christian Strache, anunciou a sua demissão do Governo depois das revelações de ligações comprometedoras com a Rússia envolvendo a adjudicação de contratos públicos em troca de apoio financeiro.

Segundo as informações divulgadas dois jornais alemães, foi gravado a prometer a uma suposta sobrinha de um milionário russo a adjudicação de contratos públicos em troca de apoio financeiro, noticiaram os ‘media’ internacionais.

Heinz-Christian Strache, líder do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) de extrema-direita, formou Governo com o chanceler conservador Sebastian Kurz em dezembro de 2017.