O furacão, o mais poderoso registado no Atlântico, já esteve na categoria máxima na escala Saffir-Simpson (5), já passou para categoria 4 e agora desce para 3, poucas horas antes de tocar terra no sul da Florida. Espera-se que tal aconteça na madrugada de hoje para domingo.
À sua passagem pelas Caraíbas, o Irma fez dez mortos e sete desaparecidos nas ilhas francesas, segundo o último balanço, o que eleva para 25 o total de vítimas mortais na região.
As restantes vítimas são seis nas Ilhas Virgens Britânicas, quatro nas Ilhas Virgens Americanas, duas na parte holandesa de Saint-Martin, duas em Porto Rico e uma em Barbuda.
Além das vítimas mortais, o Irma provocou danos consideráveis nos territórios por onde passou.
Em Anguilla, a Agência de Gestão de Emergência em Desastres das Caraíbas, citada pela Associated Press, estima que 90% dos edifícios governamentais e empresariais tenham ficado danificados, assim como 90% das infraestruturas de eletricidade.
Também na ilha de Barbuda, com 1.400 habitantes, a estimativa é que 90% das estruturas tenham ficado danificadas ou destruídas.
As ilhas de Saint-Martin e Saint-Barthélemy foram atingidas severamente, com vastos danos em propriedades e infraestruturas.
As autoridades francesas estimam os danos em mais de 1,2 mil milhões de euros e as autoridades holandesas estimam que 70% das habitações ficaram bastante danificadas ou foram destruídas, deixando muitos dos 40 mil residentes dependentes de abrigos públicos, quando se preparam para a chegada do furacão José.
Nas Ilhas Virgens britânicas, a Agência de Gestão de Emergência em Desastres das Caraíbas British alertou para a necessidade urgente de um reforço de segurança devido aos casos de pilhagens.
Cerca de um milhão de pessoas estavam sem eletricidade em Porto Rico, embora o furacão tenha passado a norte do território.
Nas Ilhas Virgens americanas, o hospital de St. Thomas ficou destruído e o porto em ruínas, assim como centenas de residências e dezenas de empresas.
O Irma dirige-se agora para a Florida, nos Estados Unidos, onde as autoridades recomendaram a retirada de sete milhões de habitantes, um terço da população do estado, devido à passagem do furacão.
A divisão de gestão de emergências do estado da Florida anunciou hoje que as autoridades tinham emitido uma combinação de ordens de saída obrigatória e voluntária a 6,3 milhões de residentes, mas o número subiu, entretanto, acrescentando mais 700 mil pessoas, à medida que o furacão girou para ocidente.
O fenómeno deve alcançar o território este domingo.
A dimensão e a trajetória da tempestade levaram os responsáveis a ordenar evacuações em ambas as costas da Florida, incluindo alguns dos centros populacionais do estado.
Na região há outros dois fenómenos: no Atlântico, o José é neste momento um furacão de categoria 4, com ventos máximos de 240 quilómetros por hora e movimentando-se a cerca de 20 quilómetros/hora. No entanto, o centro de furacões norte-americano estima que continuará a perder força nos próximos dias.
No Golfo do México, o furacão Katia tocou terra já durante a noite de sexta-feira, a norte de Tecolutla, México, enfraquecendo para o estatuto de “tempestade tropical” e depois para “depressão tropical”.
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