De acordo com a TIP, que gere o tarifário Andante, dados recolhidos entre 20 de março e 30 de maio mostram ainda que 39.289 clientes deixaram os passes Zona 2 e 3 para comprar o metropolitano, que custa no máximo 40 euros mensais por utente.
A TIP acrescenta que, em 01 de maio, entrou em vigor a segunda fase do Programa de Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), com o “início da comercialização da assinatura Andante municipal, que permite circular dentro de cada um dos municípios da AMP” por 30 euros mensais.
Nesta segunda fase do PART, foi ainda alargado o sistema intermodal Andante a toda a AMP, “integrando os concelhos de Arouca, Oliveira de Azeméis, Paredes, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira e Vale de Cambra”, além de “um conjunto expressivo de novos operadores” privados, acrescenta a TIP.
No que diz respeito à Metro do Porto, desde 01 de abril até sexta-feira, registou um crescimento de 9% no número de passageiros.
Assim, a Metro tem, atualmente, uma média de 240 mil clientes por dia útil e levando, no início de maio, a um “aumento da oferta”, divulgou fonte da empresa, sem especificar.
Quanto à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), fonte oficial disse à Lusa considerar ser “impacto do PART” o aumento de 2,2% no número de clientes com assinatura em abril de 2019, face ao período homólogo de 2018.
Este aumento correspondeu a uma subida de 4,8 milhões de passageiros para 4,9 milhões, “ficando demonstrado o crescente interesse pelas assinaturas face ao novo preço, em detrimento dos títulos ocasionais”, acrescentou fonte da rodoviária STCP.
“No primeiro quadrimestre de 2019, a STCP apresenta uma evolução de 3,2%, traduzindo a tendência de crescimento da procura que já se verifica desde 2016”, acrescentou.
A STCP refere que, “até ao momento, não foram introduzidas alterações à oferta”, porque a mesma está “definida e contratualizada com a tutela e a AMP”.
Além disso, “os recursos existentes na empresa estão dimensionados para corresponder à oferta definida, havendo ainda alguma capacidade de ajustamentos e acomodação de nova procura”.
A STCP explica que monitoriza “a procura que se regista nas diversas linhas por tipo de dia e horário, apresentando, anualmente, planos de revisão de oferta que poderão indiciar a necessidade de novos investimentos”.
Quanto à empresa privada Transdev, também abrangida pela entrada em vigor do designado passe único, explicou à Lusa que não “se verificou, até à data, a necessidade de reforço” da oferta.
Fonte oficial da Transdev Portugal esclareceu que as mudanças feitas devido ao passe único se prendem com “a necessidade de alterar os sistemas de bilhética”, já que tal “implica a substituição de mais de cem máquinas de venda e validação a bordo”, notando que esse investimento “será realizado ao longo dos próximos dois meses”.
Entre abril e maio, a TIP registou um aumento de vendas de nove mil passes metropolitanos, que subiram dos 76 mil para 85 mil.
A Lusa tentou também, sem sucesso em tempo útil, ouvir outros operadores privados de transportes.
Comentários