Paula Teixeira da Cruz falou aos jornalistas num hotel na zona de Belém, em Lisboa, onde esteve com a candidata social-democrata à presidência da Câmara Municipal, Teresa Leal Coelho.
Questionada sobre movimentações dentro do partido em prol de uma nova liderança, Paula Teixeira da Cruz foi taxativa: “Não as vejo, porque não há alternativa”.
“Não há alternativa a uma pessoa séria, não há uma alternativa a alguém que lutou pelo país, que pôs o país a crescer depois de uma bancarrota. E, portanto, para mim não há uma alternativa”, vincou.
O comentador político Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD, afirmou hoje que não ficaria surpreendido se Pedro Passos Coelho comunicasse a sua saída da liderança dos sociais-democratas, face aos resultados das eleições autárquicas.
Antes, também a antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite considerou que Passos não tem condições para se manter na liderança.
Aos jornalistas, Paula Teixeira da Cruz considerou que Passos Coelho “é vítima de uma tremenda injustiça”, uma vez que “salvou Portugal de uma bancarrota e ganhou as eleições subsequentemente”.
Na sua opinião, o líder do PSD “é uma pessoa ímpar, íntegra” e “que se opôs a interesses”, é “um estadista”.
Por isso, defendeu, “há que fazer justiça a Pedro Passos Coelho”.
Quanto aos resultados em Lisboa, onde o PSD deverá alcançar o terceiro ou quatro lugar na Câmara Municipal, a antiga ministra apontou que “amanhã começa uma nova era, e começa uma nova luta por valores éticos, começa uma luta pelos lisboetas, porque nem sempre quem sai derrotado deixa de fazer aquilo que tem de fazer”.
“A guerra é outra coisa e, portanto, pelos lisboetas nós estaremos aqui”, advogou.
Questionada sobre o que poderá ter corrido mal à candidatura do PSD em Lisboa, Paula Teixeira da Cruz afirmou não saber, mas culpou um “condicionamento democrático” pelo resultado obtido na capital.
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