“Eu acho que essa é uma batalha que está completamente ganha. Há uma emergência nacional que hoje se aplica na questão dos salários, que é uma emergência nacional, que é para todos os salários, acho que é uma batalha que está completamente ganha do ponto vista teórico, agora é preciso passá-la à prática”, afirmou Paulo Raimundo à margem da manifestação convocada pela CGTP-IN em Lisboa.

Para o líder comunista, os “milhares e milhares” que se juntaram hoje nesta manifestação estão precisamente a “afirmar essa necessidade”.

“O problema não é o apoio, o problema é que esta gente trabalha todos os dias, põe o país a funcionar, é deles que depende a economia e portanto eles não precisam de apoio, eles precisam é de salários, aquilo que merecem. Direitos, dignidade, respeito e salários, é com isso que pagam as contas”, defendeu.

Paulo Raimundo enalteceu os manifestantes que, “com muitos problemas, com muitas dificuldades, mas com uma grande determinação” querem “resolver os problemas com esta força toda”.

“É uma grande alegria, é um grande dia de luta dos trabalhadores”, afirmou.

Para o secretário-geral comunista, “as razões são muitas, são justas”, tendo em conta “o problema do aumento do custo de vida, os baixos salários, a pressão e as dificuldades em torno da habitação”.

“É preciso resolver isto, não pode continuar assim. Portanto, há aqui uma forma muito terminada, com uma grande mobilização e uma grande determinação, que eu acho que o mais extraordinário nesta grandiosa manifestação, é a determinação como estas pessoas aqui estão, exatamente com o empenho para resolver e há que força capaz de resolver e alterar o rumo de Portugal que bem precisamos”, disse.

Segundo Paulo Raimundo, “a realidade desmonta” o argumento do Governo sobre o aumento de salários e a inflação.

“Mas há um outro problema de fundo é que enquanto se contêm os salários, se apertam os salários, se esmaga o dia-a-dia das pessoas, os grupos económicos têm 11 milhões de euros lucros por dia, a banca tem cinco milhões de euros de lucros por dia”, contabilizou.

Questionado sobre a presença do Chega na manifestação — o deputado Bruno Nunes falou hoje aos jornalistas no início da concentração, acompanhado do deputado Rui Paulo Sousa — o líder comunista escusou-se a comentar, considerando que se o fizesse “isso até desvalorizava esta dimensão desta manifestação”.

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