“Esta manifestação, aqui em Lisboa e no Porto, corresponde já à maior mobilização dos últimos dois anos e demonstra que os trabalhadores não aceitam a degradação dos salários, das pensões, o ataque aos serviços públicos, ao mesmo tempo que se verifica uma acumulação de milhares de milhões de euros em lucros dos grandes grupos económicos”, sustentou aos jornalistas o dirigente comunista Francisco Lopes, junto ao Terreiro do Paço, por onde passou o protesto da CGTP-IN.
Estava prevista a presença na manifestação do secretário-geral do PCP, mas Jerónimo de Sousa foi substituído à última hora devido a um “problema de saúde pontual”.
Francisco Lopes acrescentou que numa altura em que a situação socioeconómica do país se está a degradar, o que se impunha era o “aumento geral dos salários e das pensões” para contrariar os efeitos da inflação nos bolsos dos portugueses.
Contudo, o que “está aí colocado com o grande capital, com o Governo, com o Orçamento do Estado e com o acordo da concertação social é exatamente o mesmo: mais agravamento das condições de vida, cortes nos salários, perda de poder de compra”.
“A inflação prejudica os trabalhadores e a população, mas o aumento dos preços não se esfuma, esse dinheiro vai exatamente para os grandes grupos económicos e as multinacionais da alimentação, da energia”, completou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
A manifestação nas ruas de Lisboa e do Porto, continuou Francisco Lopes, “é um sinal de força e de esperança neste tempo tão turbulento e de tantas dificuldades”.
Na ótica do PCP o que se pede à maioria absoluta do PS é que cumpra o que está inscrito na Constituição: “Não é apenas para estar escrita, existe para ser cumprida.”
A manifestação de hoje da CGTP-IN, em Lisboa, Porto e Funchal, visa defender um “aumento dos salários e pensões” e protestar “contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos”.
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