No discurso de encerramento do 22.º Congresso Nacional do PCP, em Almada, Paulo Raimundo salientou que a situação o partido enfrenta é “de grande exigência, o inimigo tem muita força e muitos meios”.

“Mas este não é o momento para desânimos e, àqueles que perdem esperança, lhes dizemos olhos nos olhos: olhem para este Congresso, confiem neste partido e juntos, ombro a ombro, vamos resistir, vamos acumular forças e vamos criar condições para avançar e para crescer”, frisou.

Paulo Raimundo defendeu “que há forças e forças suficientes, se organizadas e mobilizadas, para travar a minoria que capturou o país, ajoelhou o poder político e domina a economia ao saber dos grupos económicos”.

“Há forças e forças suficientes, se organizadas e mobilizadas, para enfrentar a política de classe ao serviço dos poderosos e pôr fim às desculpas esfarrapadas de que nunca há dinheiro para aumentar salários e reformas”, frisou.

Eleições autárquicas: PCP realiza a 14 de janeiro “100 ações para recolher 100 mil assinaturas”

No discurso de encerramento do congresso, Paulo Raimundo introduziu o tema das eleições autárquicas falando da jornada de 14 de janeiro próximo, em todo o país, em que o partido pretende realizar “100 ações para recolher 100 mil assinaturas”.

O secretário-geral do PCP manifestou-se confiante em relação às próximas eleições autárquicas, frisando que o projeto da CDU para o Poder Local não se confunde com nenhum outro e pediu mobilização de ecologistas e independentes.

“Aproveitemos esta experiência para tomar a iniciativa e intensificar a preparação das próximas eleições autárquicas. Façamos das eleições autárquicas uma grande jornada de contacto e mobilização popular”, apelou.

Nas eleições autárquicas, segundo Paulo Raimundo, o PCP deve levar por diante “uma ampla ação de apoio popular à CDU - espaço de ampla convergência, onde cabem todos os que anseiam resolver os problemas concretos das populações, dos que querem justamente viver melhor na sua terra”.

Depois, especificou quais os aliados para essas eleições: “Mobilizemos comunistas, ecologistas, mobilizemos independentes; mobilizemos todos independentemente das suas opções partidárias para dar ainda mais força a um projeto”.

Um projeto que, acentuou o líder comunista, “não se confunde com nenhum outro” e que se pretende que se “alargue, cresça e vá mais longe, desde logo, com mais candidaturas”.

A seguir, o secretário-geral do PCP transmitiu uma mensagem de otimismo em relação aos objetivos eleitorais do partido nas eleições autárquicas do próximo ano.

“Quem tem um projeto autárquico sem paralelo como o dos comunistas e com provas dadas; quem tem eleitos ligados às populações como são os da CDU; quem tem como marca trabalho, honestidade e competência; quem se lança numa ampla jornada de contacto, mobilização e envolvimento de apoio popular, só tem razões para ter confiança para a batalha das eleições autárquicas”, concluiu.