O PCP rejeita a proposta de concessão do teatro Maria Matos à iniciativa privada, anunciada em dezembro pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, e exige que a câmara da capital mantenha aquela sala sob gestão autárquica, “como instrumento de uma política cultural diversificada”.
Para o vereador João Ferreira, só com gestão autárquica a sala pode garantir “condições para a existência e apresentação de produção cultural não mercantilizada”, assim como “o direito à fruição cultural, para a população de Lisboa”.
A iniciativa marcada para sábado à noite faz parte de uma série de ações de esclarecimento, que o PCP está a desenvolver em instalações da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), contra a anunciada concessão do Maria Matos a privados.
A vereadora da Cultura do município anunciou, em dezembro, um novo projeto de gestão dos teatros da autarquia, com o objetivo de resgatar lugares associados à cultura e diversificar a oferta cultural da cidade. Em declarações à Lusa, Catarina Vaz Pinto explicou que o novo plano prevê que apenas o teatro Maria Matos seja gerido por uma entidade externa.
Na quarta-feira, trabalhadores da EGEAC entregaram ao presidente da Câmara de Lisboa um abaixo-assinado contra este cenário, que foi subscrito por mais de 60 por cento dos trabalhadores da empresa municipal.
Na segunda-feira, a presidente da 7.ª comissão permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, Simonetta Luz Afonso, disse que Catarina Vaz Pinto irá à comissão explicar o projeto de concessão.
“Há uma discussão que deve ser feita e o assunto do Maria Matos ainda não terminou, por isso vamos também ouvir a vereadora da Cultura”, acrescentou então Simonetta Luz Afonso.
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