“Muito confiante, quem acompanhou esta campanha pode perceber a grande mobilização que nós fomos capazes de fazer ao longo de todas estas semanas, e isso é muito bom, nós precisávamos de mobilizar o partido para depois podermos mobilizar o país e acho que, pelo menos, o partido conseguimos”, afirmou.
Pedro Nuno Santos, que exerceu o seu direito de voto em São João da Madeira, município de onde é natural, afirmou sentir-se também com “vontade de encerrar este capítulo interno” para começar a dialogar com os portugueses e mobilizar o país para as eleições legislativas de 10 de março de 2024.
"Conseguirmos fazer no país o que fizemos no partido, mobilizar o país para um projeto que consiga conciliar o progresso social com o progresso económico", afirmou.
Questionado se, caso vença as eleições internas, gostava de ter o ainda secretário-geral do PS e primeiro-ministro a seu lado, Pedro Nuno Santos salientou que António Costa é "uma grande referência" e que o partido "tem muito orgulho nele".
"Estes foram anos muito importantes para nós, para o país e para o PS. Temos muito orgulho nos resultados e agora queremos dar um novo impulso. É esse o nosso grande objetivo para conseguirmos construir um Portugal inteiro, que é o lema da nossa candidatura", referiu.
Dizendo ter "muito orgulho no legado do PS", o ex-ministro das Infraestruturas assegurou que o Partido Socialista vai "continuar os resultados positivos e resolver os problemas que persistem" no país.
Já quanto ao seu adversário na corrida à liderança socialista José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos afirmou que, contrariamente a outros partidos, o PS "sempre foi capaz de congregar e unir", e que contará com o atual ministro da Administração Interna caso vença as eleições internas.
Questionado se, pelo contrário, está disponível a integrar um eventual Governo liderado por José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos afirmou que, independentemente do cargo, o PS contará sempre consigo.
"O Partido Socialista vai contar sempre comigo seja em que função for, sempre foi assim desde que entrei para JS [Juventude Socialista] com 14 anos, será sempre assim enquanto cá estiver", assegurou, dizendo, contudo, que a sua "grande vontade" é vencer as eleições internas.
Também questionado sobre os motivos que o levam a concorrer, face ao atual quadro político, Pedro Nuno Santos assegurou que se prendem, sobretudo, com os "muitos problemas" do país.
"O que motiva é lutar para que o povo português possa viver melhor em Portugal", referiu, acrescentando ser "um político honesto".
Cerca de 60 mil militantes socialistas escolhem, entre hoje e sábado, o sucessor de António Costa como secretário-geral do PS, cargo ao qual se candidataram José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.
O processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, em 07 de novembro, após ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer.
Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 delegados por inerência) ao Congresso Nacional, que se reunirá entre 05 e 07 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.
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