A nova presidente da assembleia, a maltesa e até agora primeira vice-presidente Roberta Metsola, tinha já hoje sido eleita num ato eleitoral dirigido por Silva Pereira, enquanto segundo vice-presidente.
O Parlamento procedeu de seguida ao início da eleição dos vice-presidentes, tendo eleito já nove na primeira volta, com o deputado português a ser o terceiro mais votado.
Pedro Silva Pereira recolheu 517 votos – bem acima da maioria absoluta necessária dos 680 votos expressos válidos, no caso 341, ficando apenas atrás do austríaco Othmar Karas, do Partido Popular Europeu (536) e do italiano Pina Picierno (527), também socialista, pelo que será o terceiro vice-presidente do Parlamento Europeu até às próximas eleições europeias, em 2024.
Dos nove vice-presidentes já eleitos — os nove candidatos que conseguiram a maioria absoluta necessária para a eleição -, cinco são da família dos Socialistas e Democratas (S&D, à qual pertence a delegação do PS), três do PPE, e um do grupo Renovar (Liberais).
Para eleger os restantes cinco vice-presidentes, proceder-se-á ainda hoje a uma segunda volta, não havendo mais nenhum português candidato.
“Fui reeleito vice-presidente e vejo nisso um reconhecimento internacional que é muito importante, pessoalmente e também para o país, porque é uma função de prestígio para Portugal”, comentou Pedro Silva Pereira, em declarações em Estrasburgo após a votação.
De manhã, o Parlamento elegeu Metsola, do PPE, para suceder ao socialista italiano David Sassoli, falecido na semana passada.
Metsola obteve 458 votos entre 616 votos expressos válidos, superando por larga margem a maioria absoluta de que necessitava (309).
A sua vitória já era aguardada, em função do entendimento entre as três maiores bancadas do hemiciclo, que previa que a presidência da assembleia europeia na segunda metade da legislatura coubesse a uma figura escolhida pelo PPE, de centro-direita, após o socialista Sassoli a ter assumido nos dois primeiros dois anos e meio.
Roberta Metsola, que cumpre hoje 43 anos, é advogada e torna-se na terceira mulher a presidir ao Parlamento Europeu — depois das francesas Simone Veil e Nicole Fontaine.
Será a primeira maltesa a dirigir uma instituição europeia, e ainda a mais jovem presidente de sempre da assembleia europeia.
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