"Bebam água engarrafada e, em termos de alimentação, devem comer produtos com garantia de qualidade por parte das instituições credíveis, com credenciais", que andam no terreno a distribuir ajuda, disse à agência Lusa o presidente da ARSC, sublinhando que está a ser distribuída uma "brochura feita pelo departamento do Pinhal Interior" com indicações específicas para as populações da zona afetada pelo incêndio que começou no dia 17, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e que provocou 64 mortos.
Segundo José Tereso, estão no terreno "delegados de saúde e técnicos de saúde ambiental para fazerem o diagnóstico da situação e a tomada de medidas com caráter imediato e urgente", nomeadamente a avaliação da qualidade da água de consumo e dos locais "onde possam ser cultivados produtos hortícolas para alimentação".
O presidente da ARSC disse ainda que as populações devem dirigir-se, "logo que possível, ao médico de família", no horário normal a que costuma funcionar.
José Tereso recordou que esta zona é marcada por uma população muito envelhecida, que normalmente tem múltiplas patologias - nomeadamente diabetes ou problemas cardiovasculares -, podendo estar descompensadas face ao incêndio que afetou a zona do interior norte do distrito de Leiria, sendo aconselhável a ida ao médico de família.
De acordo com o responsável, a ARSC está a trabalhar em articulação com as restantes entidades, nomeadamente os municípios, misericórdias e Segurança Social, para, através de equipas multidisciplinares, atuarem no terreno, "de forma organizada".
"Teremos um outro tipo de intervenção, em que se vai dar apoio primordial às povoações mais devastadas" dos concelhos afetados pelas chamas, frisou.
José Tereso sublinhou que, entre os dias 17 e 21 [quarta-feira], foram realizadas 785 consultas médicas nos centros de saúde dos concelhos afetados, sendo que as unidades de recursos assistenciais partilhados (URAP) e as unidades de cuidados de comunidade (UCC) estão "ativas, desde o primeiro minuto," garantindo "apoio social e psicológico", entre outras valências.
Com o apoio do INEM para casos de emergência e com a ajuda também do Hospital do Avelar e do hospital de campanha, foi possível assegurar que os centros de saúde estivessem abertos "24 horas" para garantir o atendimento médico necessário, vincou.
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