O desabamento, que ocorreu na tarde de sexta-feira no município de Kep, a cerca de 160 quilómetros da capital, Phnom Penh, provocou ainda pelo menos 23 feridos, de acordo com a agência de notícias Xinhua, que cita autoridades municipais.
Todas as vítimas eram trabalhadores de construção civil e familiares.
As operações de resgate, ainda em curso, já mobilizaram mais de 1.000 operacionais, refere a agência chinesa.
Localizada a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Phnom Penh, a cidade costeira de Kep é um emergente destino turístico e as obras destinavam-se à construção de um hotel.
Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, referiu que se trata de “uma nova tragédia” e prometeu às famílias das vítimas uma indemnização de 50.000 dólares por cada pessoa morta e 20.000 dólares para cada ferido.
O chefe do Governo referiu ainda que o responsável da obra morreu no desabamento e que o proprietário do imóvel foi detido.
As operações de resgate duraram mais de 40 horas e mobilizaram centenas de militares e de operários.
No Camboja, o setor da construção está em grande desenvolvimento, nomeadamente de hotéis, arranha-céus e casinos, que são construídos em condições de segurança pouco rigorosas.
No setor trabalham cerca de 200.000 pessoas, a maioria não qualificadas e que não têm a proteção dos sindicatos, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Associações de defesa dos direitos dos trabalhadores referem que os padrões de segurança pouco elevados aumentam os riscos de acidentes e em muitos casos os locais de construção servem igualmente de habitação aos trabalhadores e suas famílias.
Notícia atualizada às 9h07
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