O ministro da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, disse que entre os 29 mortos, dez eram membros das Forças Armadas mexicanas e 19 pertenciam a grupos criminosos na origem dos violentos distúrbios.
“Dez militares perderam a vida no cumprimento do seu dever para garantir a segurança. O Estado mexicano vai conceder-lhes honras fúnebres”, disse na sua conferência de imprensa diária o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
O chefe de Estado mexicano negou ainda que os Estados Unidos tenham participado na detenção de Ovidio Guzmán, ou que a captura esteja relacionada com a visita do seu homólogo norte-americano Joe Biden.
“Não participaram [os EUA], já lhes expliquei. É uma decisão que se toma, e de rotina. O mais importante na nossa estratégia é prevenir que as pessoas não tenham necessidade de se dedicar á delinquência”, disse, ao ser questionado pela participação de agências norte-americanas.
Em paralelo, o ministro da Defesa Sandoval congratulou-se que, segundo as últimas informações, nenhum civil tenha perdido a vida.
O responsável do Exército contabilizou 35 militares feridos e danos em diversos veículos das Forças Armadas.
Sandoval referiu-se ainda à detenção de 21 membros do crime organizado.
Na operação que decorreu na madrugada de quinta-feira participaram 3.586 efetivos das Forças Armadas, que entraram em confronto com grupos armados nas cidade de Culiacán (capital de Sinaloa), Los Mochis ou Mazatlán.
Os acontecimentos em Sinaloa fizerem regressar o receio do polémico “culiacanazo”, uma operação na qual as forças federais prenderam Ovidio em 17 de outubro de 2019, mas libertaram-no horas depois devido aos atos violentos do cartel de Sinaloa.
Ovidio Guzmán foi transferido na noite de quinta-feira para o Centro Federal de Readaptação Social (Cefereso) número 1 Altiplano — também conhecido como a penitenciária de Almoloya — junto ao estado do México, onde o seu pai esteve detido e de onde escapou em 2015.
Estes acontecimentos ocorreram a poucos dias da visita ao México do Presidente dos EUA Joe Biden, no âmbito da Cimeira de líderes da América do Norte onde também participará o chefe de Governo canadiano.
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