Trata-se de um “espaço concebido para promover a convivência e a troca de experiências entre pessoas de diferentes gerações, fortalecendo os laços comunitários e oferecendo um programa diversificado de atividades culturais, educacionais e de lazer”, informou o município.
A empreitada, que conta com 20 anos e passou por três presidentes de câmara (PS, CDU e independente), tinha como objetivos reabilitar o edifício da antiga central elétrica de Peniche, transformando-o em equipamento coletivo de uso público, e contribuir para a requalificação urbana dessa zona da cidade.
O edifício está dotado de diversos serviços, como a nova Biblioteca Municipal, o Estúdio Municipal de Dança, um auditório com capacidade para 192 espetadores, espaços expositivos e uma incubadora de empresas.
Trata-se de um espaço “privilegiado de acesso ao conhecimento e de convívio entre todas as gerações, tornando acessíveis, aos seus utilizadores, informação e conhecimento de diferentes áreas”, adiantou a autarquia.
Além das obras de reabilitação, o edifício foi apetrechado com sistemas fotovoltaicos para autoconsumo energético e aquecimento de águas, adotando a eficiência energética.
A reabilitação do edifício da antiga central elétrica custou 3,9 milhões de euros, investimento que não incluiu a aquisição de mobiliário e de equipamento informático e didático para o espaço.
O projeto foi financiado em 2,9 ME por fundos comunitários do programa Portugal 2020 e pelo município em 982 mil euros.
A antiga central elétrica de Peniche entrou em funcionamento em 10 de julho de 1930, quando os candeeiros de petróleo nas casas e ruas foram substituídos pela energia elétrica, e foi desativada em agosto de 1952, quando o município decidiu conceder a distribuição de energia elétrica no concelho à Sociedade Elétrica do Oeste (SEOL).
Nas últimas duas décadas do século XX, o edifício foi sede dos serviços de Canalização, Serralharia, Higiene e Limpeza do município.
No início do século XXI, face ao avanço do estado de degradação do edifício, o município viu aprovada candidatura ao Instituto Português do Livro e das Bibliotecas para aí vir a acolher a futura Biblioteca Municipal.
As obras, na altura orçadas em 2ME, começaram em junho de 2005, mas vieram a parar, sem serem concluídas, devido à insolvência do empreiteiro.
Em 2017, o município lançou novo concurso público por 2,8 ME.
Contudo, o projeto e o custo da obra tiveram de ser reformulados, para ter concorrentes, levando a autarquia, em janeiro de 2020, a declarar a caducidade do concurso e a lançar um novo pelo valor de 3,5 ME.
As obras recomeçaram um ano depois e ficaram concluídas no final de 2023.
Em 2022, o município decidiu atribuir ao centro cívico o nome de Rogério Cação, autarca local e presidente da CONFECOOP – Confederação Cooperativa Portuguesa, que morreu em julho de 2021.
Na ocasião, a Assembleia da República aprovou um voto de pesar pela sua morte e considerou-o uma “referência e um exemplo de dedicação às causas mais nobres da intervenção cívica e política, nomeadamente na área social e do movimento cooperativo”.
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