Mutharika, líder do Partido Democrata Progressista (DPP) que governa aquele país africano, obteve 38,57% dos votos, superando os restantes sete candidatos, incluindo o chefe da oposição, Lazarus Chakwera, que conquistou 35,41% da votação.
O chefe de Estado, antigo professor de Direito, de 78 anos, chegou ao poder em 2014 com 36% dos votos e necessitou apenas de obter maioria simples para ser reeleito no cargo, conforme prevê a lei eleitoral.
“Felicito o Presidente eleito e o seu vice-Presidente. Vocês foram eleitos pelo povo do Maláui. Exorto-os a não traírem a confiança do povo”, disse a presidente da Comissão Eleitoral, Jane Ansah, ao anunciar os resultados.
Em segundo lugar nas eleições presidenciais ficou Lazarus Chakwera, de 64 anos, líder da oposição e do Partido do Congresso do Maláui.
Chakwera acusou na semana passada o Governo de tentar manipular os resultados eleitorais e assinalou que o seu partido estava a realizar o seu próprio escrutínio do ato eleitoral como medida de precaução.
“Os que estão no poder, conhece-os, estão a tratar de manipular as eleições”, alegou Chakwera, que nas eleições de 2014 também ficou em segundo lugar, com menos 450 mil votos do que Mutharika.
Em terceiro lugar ficou Saulos Chilima, de 46 anos, líder do Movimento Unido de Transformação (UTM), com 20,24 % do apoio do eleitorado.
Mutharika venceu as eleições muito embora o seu primeiro mandato tenha ficado marcado por escândalos de corrupção. A seu favor terá jogado o impulso na construção de infraestruturas do país e a promessa de avançar mais nesse campo.
O Maláui conquistou a independência do Reino Unido em 1964. Foi governado durante décadas pelo ditador Hastings Kamuzu Banda (1964-1994) como um Estado de partido único até às primeiras eleições multipartidárias de 1994.
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