“Estamos a estudar as circunstâncias em que isso aconteceu, isso foi um pedido feito pelos Estados Unidos ao Reino Unido”, disse Josep Borrell à imprensa.
As autoridades do território britânico de Gibraltar, no extremo sul da Espanha, ajudadas por um destacamento de fuzileiros navais britânicos, intercetaram hoje o petroleiro a cerca de quatro quilómetros a sul do “Rochedo”.
“Nós estávamos naturalmente ao corrente desta operação, os elementos da patrulha da Guarda Civil [GNR espanhola] limitaram a área”, disse o governante, que acrescentou: “nós estamos a ver de que forma isto afeta a nossa soberania, no sentido que ocorreu em águas das quais consideramos que a soberania é espanhola”.
Gibraltar considera estas águas como parte das águas territoriais britânicas, contestadas pela Espanha que reivindica soberania sobre a totalidade do território.
“Temos razões para acreditar que o ‘Grace 1′ estava a transportar a sua carga de petróleo bruto para a refinaria de Banias, na Síria, (…) propriedade de uma entidade sujeita às sanções da União Europeia”, anunciou o chefe do Governo de Gibraltar, Fabian Picardo, esta manhã em comunicado.
As sanções europeias contra a Síria, em vigor desde o final de 2011 e prorrogadas em maio último até 01 de junho de 2020, incluem um embargo ao petróleo e o congelamento dos ativos do Banco Central da Síria na UE.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria já causou mais de 360.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
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