De acordo com a programação do museu, a obra será apresentada hoje, às 18:00, na Sala do Teto Pintado, na sequência de uma recente intervenção de restauro, que conduziu a um olhar renovado sobre esta pintura.
Intitulada "Anatomia de uma Pintura - João Glama e o Terramoto de 1755", a exposição aborda os dramáticos acontecimentos a que o pintor João Glama (c.1708-1792) assistiu, levando-o a pintar a tela conhecida como "O Terramoto de 1755".
Encenada como uma grande panorâmica das várias catástrofes que destruíram Lisboa nesse dia de Todos os Santos - tremor de terra, incêndio e maremoto -, a pintura realça algumas das trágicas consequências vividas pela população.
O pintor João Glama trabalhou durante mais de 35 anos nesta obra, mas deixou-a inacabada.
De acordo com o MNAA, os documentos entretanto reunidos permitem compreender melhor o artista e a sua vasta obra, que será abordada nesta exposição comissariada por Alexandra Markl e Celina Bastos.
Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, de pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, e é um dos museus com maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.
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