A operação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) e em causa estão crimes de falsificação de documentos, burlas informáticas e branqueamento de capitais, através do modus operandi (modo de atuação) conhecido como “CEO Fraud”, adianta a PJ, em comunicado.
A Judiciária explicou que “o dinheiro obtido de forma ilícita, que ascende a cerca de um milhão e duzentos mil euros, era proveniente de contas bancárias sediadas no estrangeiro, designadamente no Canadá e em Itália”.
Segundo a informação avançada pela PJ, “os suspeitos burlavam empresas sediadas naqueles países e o dinheiro ia sendo transferido para contas nacionais, especificamente criadas para rececionar estes fundos, que, mal entravam em território nacional, eram imediatamente dissipados para outras contas bancárias”.
As campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto (sms ou através de aplicações) em que um agente malicioso, fazendo passar-se por uma entidade relacionada com a organização alvo (por exemplo, diretores executivos ou fornecedores), fazem pedidos tipicamente de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzi-los a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante, explica a PJ.
Os detidos vão ser ouvidos em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação.
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