"A investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCann continua em curso. Não vamos fazer comentários", disse hoje à agência Lusa uma porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres, força que dirige a investigação ao desaparecimento da criança inglesa em Portugal em 03 de maio de 2007.
Sobre o financiamento para prosseguir a chamada "Operação Grange", que acabou no final de março, a mesma fonte reencaminhou a agência Lusa para o ministério do Interior, que continua sem dar resposta.
Citada hoje na imprensa britânica, Cressida Dick, a comissária da polícia, afirmou que a Scotland Yard possui linhas ativas de investigação que gostaria de explorar.
"Uma equipa muito pequena continua a trabalhar neste caso com colegas portugueses e apresentámos um pedido ao ministério do Interior para mais financiamento", enfatizou.
Hoje, a Polícia Judiciária (PJ) recusou comentar as notícias sobre um alegado avanço na investigação, confirmando que esta continua "em aberto, no âmbito de Inquérito tutelado pelo Ministério Público de Portimão".
"Esta investigação tem sido desenvolvida em articulação com autoridades internacionais, obedecendo às regras de cooperação judiciária e policial, que as circunstâncias da situação justificam", esclareceu, num comunicado.
A PJ reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria-Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert Murat.
A propósito do 12.º aniversário do desaparecimento, os pais da Madeleine, Kate e Gerry McCann, escreveram uma mensagem na página de Facebook da campanha para a encontrar, lembrando que a filha faria 16 anos este mês.
"É impossível expressar em palavras o que isso nos faz sentir. Há conforto e confiança em saber que a investigação continua e que muitas pessoas em todo o mundo permanecem vigilantes", dizem.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
A polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte, tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).
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