Viktor Orbán referia-se aos grupos de partidos Conservadores e Reformistas (ECR) e Identidade e Democracia (ID), que integram o Parlamento Europeu.

“Se o ECR e o ID se unirem finalmente e o Fidesz — do qual Órban é membro – juntar-se a aqueles, poderemos formar a segunda maior fação do Parlamento Europeu”, atrás apenas do Partido Popular Europeu (PPE), afirmou Orbán, em entrevista ao portal Index.

Para Orbán, a chave seria os partidos que lideram os dois grupos, os Irmãos da Itália, da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o União Nacional (RN, em francês) de Marine Le Pen, conseguirem chegar a um acordo para consumar a viragem à direita que, na sua opinião, tornou-se claro nas eleições europeias realizadas no domingo.

O Fidesz está atualmente entre os não afiliados, depois de deixar o Partido Popular Europeu (PPE). Nas recentes eleições, o partido de Orbán obteve quase 45% dos votos, o que lhe permitirá ter dez eurodeputados na nova legislatura europeia.

A distribuição geral de cadeiras, no entanto, dá margem para que populares, sociais-democratas e liberais iniciem este novo período sem temer um possível bloqueio da extrema-direita, garantindo ‘a priori’ que a atual presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, seja reeleita.