"O Politécnico da Guarda vai responder às necessidades do tecido empresarial da região. Neste caso, pretendemos formar quadros competentes que irão qualificar as empresas, não só do interior, mas do país inteiro", afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.
O IPG assume que o objetivo dos novos cursos é o de formar técnicos para responder à carência de profissionais especializados no setor automóvel da região e "fornecer às empresas do interior instrumentos para a sua entrada na quarta revolução industrial".
"Os novos cursos em engenharia ligada à robótica, automação de processos e digitalização formarão também quadros imprescindíveis para a chegada da indústria 4.0 às empresas do interior", reforça o IPG.
A nova licenciatura em Mecânica e Informática Industrial, que é pioneira em Portugal por juntar a mecânica à engenharia informática, formará quadros nas áreas de eletrificação dos transportes, sistemas de segurança modernos e eletrónica.
A oferta formativa da Escola Superior de Tecnologia e Gestão - ESTG para o ano letivo 2020/2021 completa-se com novos CTeSP: Manutenção e Reparação Automóvel; Metalomecânica e Fabrico Computorizado; e Construção Civil e Obras Públicas.
"A indústria automóvel está carente de técnicos especializados e existem muitos estudantes interessados em aprender sobre mecânica, informática e robótica", garante Joaquim Brigas.
O presidente garante que o IPG está "dotado com laboratórios e oficinas bem equipados" e que "o corpo docente é altamente qualificado" nas áreas da indústria automóvel e da engenharia informática.
"Estes cursos vêm fortalecer a ligação da instituição ao tecido empresarial da região. As nossas parcerias com as empresas permitem-nos conhecer e antecipar as suas necessidades e preparar respostas adequadas", garante.
Os novos CTeSP serão lecionados por profissionais ligados à indústria e professores da ESTG. Nos três primeiros semestres, as aulas das unidades curriculares de formação irão decorrer nas instalações da ESTG.
No último semestre, os alunos irão realizar estágios em empresas, nomeadamente na Dura Automotive, Coficab, Sodecia, Fly Mecânica de Precisão, InoxClass ou Manuel J.A. Gomes, parceiras do IPG neste projeto.
"As médias empresas da região da Guarda apenas poderão dar o salto para a indústria 4.0 e responder aos novos desafios do mercado se tiverem mais técnicos polivalentes e especializados nas áreas de engenharia", afirma António Martins, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, lembrando que "as PME correspondem a cerca de 90% força de trabalho em Portugal".
O IPG reafirmou, entretanto, a intenção de lecionar, a partir de setembro, um novo CTeSP em Riscos e Proteção Civil, em parceria com a Escola Nacional de Bombeiros.
O objetivo é "formar profissionais especializados no desenvolvimento de ações de prevenção em casos de risco iminente e catástrofes".
As aulas serão lecionadas pelos professores do IPG em conjunto com elementos da Escola Nacional de Bombeiros e terá uma componente essencialmente prática.
"Os bombeiros e os técnicos da Proteção Civil estão na linha da frente para dar resposta imediata a casos de incêndios urbanos e florestais, assim como resposta a catástrofes naturais e tecnológicas, mas também é importante a prevenção e o planeamento antecipado de riscos para proteção de pessoas, bens e estruturas", afirma Pedro Simões, coordenador do novo CTeSP.
Para os estudantes finalistas está prevista a realização de um estágio, durante o último semestre do segundo ano, junto de corporações de bombeiros integrada na Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda, e em vários municípios, tais como Fornos de Algodres, Guarda, Sabugal, Manteigas, Gouveia, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, entre outras.
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