De utilização apenas pedonal, a ponte estará suspensa a 150 metros de altura junto ao geossítio da Cascata das Aguieiras e nas imediações da escarpa conhecida como a Garganta do Paiva.
"Vai ser a maior ponte do género em Portugal e, se não for também a maior da Europa, será certamente a mais bonita e a mais impactante", declarou à Lusa a presidente da autarquia, Margarida Belém.
"É uma obra de imenso relevo não apenas para a população de Arouca, mas também para todo o território nacional, dada a procura que os passadiços e o geoparque têm registado tanto entre a comunidade portuguesa como entre os nossos visitantes estrangeiros", acrescentou a autarca.
Arrancando com a instalação do estaleiro e com trabalhos de preparação do terreno, a empreitada foi entregue à empresa Conduril - Engenharia, SA, com base num projeto do Itecons - Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, da Universidade de Coimbra.
O vão de 480 metros sobre o rio terá uma largura útil de 1,20 metros e pavimento em gradil metálico, no que o objetivo é facilitará a circulação do vento sem oferecer grande resistência às correntes.
Inspirada nas pontes incas que atravessavam os vales mais profundos das montanhas dos Andes, a nova estrutura anunciada para Arouca integra a rede de vias pedonais já existentes no concelho e terá um custo estimado em 1,7 milhões de euros (mais IVA).
Deverá ficar concluída num prazo de 10 meses, após o que a sua utilização terá efeito no preçário de acesso aos passadiços, cuja entrada custa atualmente um euro por pessoa, sendo grátis para menores de 12 anos e tendo um custo único de 2,5 euros para residentes de Arouca que adquiram um cartão de uso vitalício.
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