No Estádio Algarve, o ‘capitão’ da seleção nacional marcou, de grande penalidade, aos oito e 13 minutos, assinando a histórica marca de 800 tentos na carreira profissional de futebolista, 19 anos depois de ter iniciado a contagem, ao serviço do Sporting, em 7 de outubro de 2002, diante do Moreirense.

Perto do final, Ronaldo consumou o ‘hat-trick’, aos 87 minutos, e fixou um resultado que já tinha sido dilatado por Bruno Fernandes, aos 17, e por Palhinha, aos 69, sendo que o médio sportinguista ‘faturou’ pela segunda vez pelos ‘AA’, curiosamente depois de se ter estreado a marcar no Luxemburgo, em março, igualmente num canto e com o mesmo Moris na baliza.

Mesmo com o triunfo, Portugal mantém-se no segundo lugar do Grupo A, com 16 pontos, menos um do que a Sérvia (17), que venceu o Azerbaijão por 3-1, mas que tem mais um jogo disputado. Já o Luxemburgo é terceiro, com seis pontos, à frente de República da Irlanda (cinco) e Azerbaijão (um).

Em 14 novembro, a equipa comandada por Fernando Santos vai decidir o apuramento para o Qatar2022, na receção à Sérvia, da última ronda do agrupamento, qualquer que seja o resultado que consiga três dias depois na Irlanda.

Com oito alterações no ‘onze’ que alinhou de início no particular com o Qatar, foi precisamente um dos ‘regressados’, Bernardo Silva, a construir o primeiro golo da seleção nacional, com um ‘slalom’ que terminou em penálti para a equipa das ‘quinas’ e que permitiu a Ronaldo abrir a contagem.

Ainda meio aturdidos, os luxemburgueses ‘ofereceram’, logo de seguida, mais um golo ao avançado do Manchester United, que aproveitou a distração alheia para roubar a bola, entrar na área e ser derrubado pelo guardião Moris. Da marca do castigo máximo, Ronaldo assinou o ‘bis’, mas apenas à segunda tentativa, já que o penálti teve de ser repetido.

A noite de ‘terror’ do Luxemburgo parecia não ter fim e, depois da influência no primeiro tento luso, Bernardo Silva voltou a ter papel crucial no terceiro, ao colocar Bruno Fernandes em ‘carreira de tiro’ dentro da área.

Em apenas 17 minutos, Portugal tinha agarrado um triunfo que só uma hecatombe impediria e, a partir daí, sucederam-se as situações para alcançar uma goleada na primeira parte, pelo menos de ‘mão cheia’, face às tentativas de Rúben Dias, Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva.

Logo no arranque do segundo tempo, André Silva e Rúben Dias procuraram o golo, sem sucesso, o mesmo acontecendo com Ronaldo e Bruno Fernandes, incapazes de dar a melhor sequência a cruzamentos ‘teleguiados’ de Nuno Mendes.

O guarda-redes luxemburguês protagonizou a defesa do jogo, voando para negar o ‘hat-trick’ que Ronaldo tentou alcançar de ‘bicicleta’, mas, segundos volvidos, falhou a saída dos postes e deixou que Palhinha dilatasse a vantagem lusa na sequência de um canto, tal como tinha sucedido no encontro disputado no Luxemburgo.

O ‘capitão’ luso tanto porfiou em busca de mais um golo, que conseguiu mesmo o terceiro da conta pessoal ainda antes do apito final, correspondendo da melhor forma, e cabeça, a um passe ‘exímio’ do recém-entrado Rúben Neves.