“Passámos de 240 mil hectares de vinha [há cerca de dez anos] para 193 mil hectares em julho de 2016”, disse a secretária geral da ACIBEV, Ana Isabel Alves, durante um encontro com os jornalistas, em Lisboa.
Conforme indica a responsável, recentemente, verificou-se “uma limpeza” e abandono da vinha, uma vez que, durante muito tempo, existiam áreas de vinha abandonada que ainda entravam nas estatísticas”.
Ana Isabel Alves explicou ainda que, nos próximos anos, não é espectável que o país consiga recuperar a área de vinha, tendo em conta as medidas da União Europeia (UE), estipulam que, por ano, os países só podem aumentar o número de hectares de vinha em 1%.
Para o presidente da ACIBEV, George Sandeman, esta é uma medida de valorização da produção, uma vez que se parte do princípio de que “se houver menos vinho, a vinha é mais valorizada”.
Porém, Sandeman aponta que a medida não é linear, uma vez que “há excessos [de vinha] nalgumas zonas e falta noutras”.
O líder da associação vinícola disse também que, este ano, as alterações climáticas e a seca não tiveram um grande impacto na produção, mas alerta para que, em 2016, os níveis estavam num patamar baixo.
“Os números estão acima da produção do ano passado, porque em 2016 os valores estavam muito baixos. O problema é que os bagos estão mais secos, o que significa que há mais quantidade e menos peso. A seca vai ainda afetar a próxima produção”, considerou.
George Sandeman adiantou ainda que vai hoje reunir-se com o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, para apresentar “os problemas do setor”, bem como “sensibilizar o ministro para o trabalho que está a ser feito”.
Comentários