A informação foi hoje dada por José Manuel Fernandes em audição na Comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, na Assembleia da República, em Lisboa.

O ministro pediu “o máximo cuidado” por parte dos produtores domésticos para evitar contacto entre aves domésticas e selvagens para impedir maior propagação da doença, designadamente apelou a quem tem aves que não as deixe estar ao ar livre.

O governante disse que, para controlar esta doença, é preciso a União Europeia contribuir para a descoberta de vacinas eficientes e a custos acessíveis. Defendeu ainda que não se possa permitir que a vacina seja uma “arma de competitividade” entre países.

No final de janeiro, a gripe das aves foi confirmada numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho de Caldas da Rainha, em Leiria.

As medidas de controlo contra a gripe das aves incluem a inspeção dos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção, bem como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações de aves existentes nas zonas de restrição (num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detetado na capoeira doméstica).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

Em final de janeiro, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) disse, no parlamento, que Portugal não tem casos de gripe das aves em humanos, mas referiu que a vigilância tem de ser ativa para proteger os trabalhadores.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.

A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.