Cidade costeira situada 90 quilómetros a sul de Boston, com uma população de 100 mil habitantes, da qual quase 40% é de sangue português, New Bedford detém o maior porto de pesca comercial dos Estados Unidos, com acesso direto ao oceano Atlântico.
Segundo a Autoridade Portuária, as vendas diretas ascendem, anualmente, a 61.000 toneladas de peixe, no valor de 322 milhões de dólares (290 milhões de euros).
Com mais de 6.800 trabalhadores diretos e mais de 40.000 trabalhadores em negócios derivados, as atividades económicas relacionadas com o porto de New Bedford produzem mais de 11.100 milhões de dólares (quase 10.000 milhões de euros).
Jonathan Mitchell, ‘mayor’ da cidade, atribui o sucesso comercial marítimo ao conhecimento e ‘know-how’ de vários grupos imigrantes, dos quais os portugueses – e em particular açorianos – se destacam.
Os imigrantes provenientes de Portugal e todos os lusodescendentes que vivem na cidade “têm sido fundamentais em tornar New Bedford no porto de pesca primário na América”, defendeu o autarca.
“Uma das principais razões por que temos sido tão bem-sucedidos é o contributo da comunidade portuguesa”, disse Mitchell em entrevista à Lusa, descrevendo a cidade que acolhe imigrantes portugueses há 150 anos.
Apesar de não partilhar dados certos quanto às nacionalidades dos membros dos negócios marítimos sediados em New Bedford, o ‘mayor’ considerou que os portugueses são “provavelmente a maior etnicidade da frota de pesca” daquele que é o maior porto comercial dos EUA.
A atividade piscatória de New Bedford tem aumentado significativamente em anos recentes, segundo o ‘mayor’, que explicou que a diminuição da quantidade de peixe nas águas provoca o encerramento de vários portos menores e a mudança de embarcações para New Bedford.
“Em muitos lugares há portos que têm sido encerrados ou reduzidos como resultado de menos peixe e muitas embarcações desses lugares estão a vir para New Bedford. Estamos a viver um aumento significativo”, explicou Jonathan Mitchell à Lusa.
“A nossa comunidade portuguesa tem contribuído há 150 anos de inúmeras maneiras"
Para além do porto, New Bedford vive de muita cultura e gastronomia portuguesa, o que se pode verificar em museus de património madeirense e açoriano, restaurantes de comida típica portuguesa ou eventos e festas.
“A nossa comunidade portuguesa”, acrescentou o governante, “tem contribuído há 150 anos de inúmeras maneiras. (…) As gentes portuguesas estão em todas as camadas sociais na nossa cidade, em posições de liderança tanto na política como no negócio”.
A comunidade de lusodescendentes traz autenticidade a New Bedford, garantiu o ‘mayor’.
“Vivemos na América onde há tanta mesmice; o mesmo tipo de autoestradas e ramais de acesso que levam às mesmas cidades, casas e centros comerciais que se podem encontrar em qualquer lado nos Estados Unidos”, descreveu o autarca.
“New Bedford é muito diferente, muito autêntica, e um grande elemento dessa autenticidade é a herança portuguesa”, concluiu Jonathan Mitchell.
o maior porto de pesca comercial dos Estados Unidos, com acesso direto ao oceano Atlântico.
Segundo a Autoridade Portuária, as vendas diretas ascendem, anualmente, a 61.000 toneladas de peixe, no valor de 322 milhões de dólares (290 milhões de euros).
Com mais de 6.800 trabalhadores diretos e mais de 40.000 trabalhadores em negócios derivados, as atividades económicas relacionadas com o porto de New Bedford produzem mais de 11.100 milhões de dólares (quase 10.000 milhões de euros).
Jonathan Mitchell, ‘mayor’ da cidade, atribui o sucesso comercial marítimo ao conhecimento e ‘know-how’ de vários grupos imigrantes, dos quais os portugueses – e em particular açorianos – se destacam.
Os imigrantes provenientes de Portugal e todos os lusodescendentes que vivem na cidade “têm sido fundamentais em tornar New Bedford no porto de pesca primário na América”, defendeu o autarca.
“Uma das principais razões por que temos sido tão bem-sucedidos é o contributo da comunidade portuguesa”, disse Mitchell em entrevista à Lusa, descrevendo a cidade que acolhe imigrantes portugueses há 150 anos.
Apesar de não partilhar dados certos quanto às nacionalidades dos membros dos negócios marítimos sediados em New Bedford, o ‘mayor’ considerou que os portugueses são “provavelmente a maior etnicidade da frota de pesca” daquele que é o maior porto comercial dos EUA.
A atividade piscatória de New Bedford tem aumentado significativamente em anos recentes, segundo o ‘mayor’, que explicou que a diminuição da quantidade de peixe nas águas provoca o encerramento de vários portos menores e a mudança de embarcações para New Bedford.
“Em muitos lugares há portos que têm sido encerrados ou reduzidos como resultado de menos peixe e muitas embarcações desses lugares estão a vir para New Bedford. Estamos a viver um aumento significativo”, explicou Jonathan Mitchell à Lusa.
Para além do porto, New Bedford vive de muita cultura e gastronomia portuguesa, o que se pode verificar em museus de património madeirense e açoriano, restaurantes de comida típica portuguesa ou eventos e festas.
“A nossa comunidade portuguesa”, acrescentou o governante, “tem contribuído há 150 anos de inúmeras maneiras. (…) As gentes portuguesas estão em todas as camadas sociais na nossa cidade, em posições de liderança tanto na política como no negócio”.
A comunidade de lusodescendentes traz autenticidade a New Bedford, garantiu o ‘mayor’.
“Vivemos na América onde há tanta mesmice; o mesmo tipo de autoestradas e ramais de acesso que levam às mesmas cidades, casas e centros comerciais que se podem encontrar em qualquer lado nos Estados Unidos”, descreveu o autarca.
“New Bedford é muito diferente, muito autêntica, e um grande elemento dessa autenticidade é a herança portuguesa”, concluiu Jonathan Mitchell.
Os pescadores açorianos constituíram a primeira vaga da imigração portuguesa na cidade de New Bedford a partir dos anos 1870.
No século XIX, New Bedford era um centro mundial da caça à baleia
Os pescadores açorianos constituíram a primeira vaga da imigração portuguesa na cidade de New Bedford a partir dos anos 1870.
No século XIX, New Bedford era um centro mundial da indústria baleeira (caça à baleia), para o qual os imigrantes açorianos contribuíram muito.
Já no século XX, a indústria baleeira começou a desaparecer, mas a pesca comercial passou a ter mais concentração, movida pelos imigrantes portugueses, irlandeses e noruegueses.
A segunda vaga da imigração portuguesa em New Bedford deu-se quando a indústria têxtil estava a florescer, nos anos 1920, numa altura em que 70 fábricas de algodão empregavam mais de 41.000 trabalhadores.
A imigração portuguesa em New Bedford teve ainda uma terceira fase nos anos 1960.
Os habitantes locais também sabem que nos anos 1957 e 1958 deu-se uma grande erupção vulcânica nos Açores que obrigou a viagem de um grande número de refugiados portugueses aos EUA, auxiliada por legislação do Congresso americano.
Jonathan Mitchell disse que depois da erupção vulcânica no arquipélago, começou uma nova vaga de imigração que se estendeu até aos anos 1980 e isso “trouxe nova vida a New Bedford, especialmente dos Açores”.
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