Francisco iniciou hoje uma visita de três dias ao país num âmbito de um périplo que está a fazer pela região e que termina em Singapura.
“A visita de Sua Santidade acontece num momento crucial para o nosso futuro coletivo, não apenas no nosso país, mas também a nível global. Traz uma mensagem de paz, reconciliação, fraternidade humana e esperança, tão necessária num mundo cada vez mais conturbado em que a frieza dos corações substituiu o diálogo e a paz”, afirmou o chefe de Estado timorense.
José Ramos-Horta discursava na Presidência timorense, onde o Papa Francisco realizou o primeiro ato oficial da sua visita, numa cerimónia que contou com a presença das autoridades, membros da igreja, sociedade civil e corpo diplomático.
“Que a mensagem de Sua Santidade toque os corações dos homens, especialmente daqueles líderes mundiais e regionais, com grandes responsabilidades para a nossa segurança”, disse o também prémio Nobel da Paz.
José Ramos-Horta lamentou as vítimas dos conflitos armados, nomeadamente na Ucrânia, Palestina, Sudão, Iémen, Síria, República Democrática do Congo, Myanmar e na península coreana, que são quem mais sofre sobre com a “desarmonia global”.
No discurso, o Presidente timorense destacou que a “histórica” visita de Francisco ocorre num ano “particularmente significativo” para os timorenses e Timor-Leste.
“Assinalamos várias importantes efemérides que marcam a trajetória de Timor-Leste”, disse, recordando que este ano se celebraram os 25 anos da realização do referendo, que permitiu a restauração da independência, e que para a semana se assinala os 25 anos da aprovação da Interfet pelo Conselho de Segurança da ONU.
José Ramos-Horta recordou também os 50 anos de 25 de abril de 1974, uma “revolução humanista que franqueou as portas para a paz e a democracia em Portugal e em todos os territórios coloniais portugueses”, e lembrou que no próximo 12 de outubro se assinalam 35 anos sobre a primeira visita de um Papa ao país.
A viagem do Papa João Paulo II a Timor-Leste em 12 de outubro de 1989 colocou a causa da autodeterminação na “agenda global”, disse.
Francisco iniciou hoje uma visita de três dias a Timor-Leste, no âmbito do périplo que está a efetuar na região da Ásia-Pacífico que começou no dia 03 de setembro na Indonésia e termina na sexta-feira em Singapura, sendo a mais longa do seu pontificado.
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