Questionado pelos jornalistas, em Peniche, o candidato também conhecido como Tino de Rans respondeu que vai cancelar as ações de campanha previstas para os dias do novo confinamento que se avizinha.
"Eu pertenço ao povo, não quero mordomias", justificou o candidato, explicando que, se o povo estiver confinado em casa, ele também estará.
Vitorino Silva considerou que as eleições deveriam ter sido "adiadas logo em setembro" e, tendo em conta a evolução da situação pandémica no país, defendeu que "não há condições" para os portugueses irem votar no dia 24.
No primeiro dia de campanha, o candidato às eleições presidenciais parte com o objetivo de arrecadar mais votos do que há cinco anos.
"Toda a gente sabe que eu quero mais um voto e eu acredito nisso", afirmou, acrescentando "houve pessoas que não votaram e jovens que já simpatizavam com o Tino e ainda não tinham idade para votar e hoje têm".
Vitorino Silva arrancou a campanha com uma visita à Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, por ser um local simbólico da luta pela democracia.
"Se não houvesse gente de coragem a saltar estes muros, a democracia não era uma realidade para todos e, simbolicamente, é a razão de eu ser candidato e poder debater com pessoas diferentes. Quando havia aqui presos, as pessoas não podiam pensar diferente", lembrou.
No local, apanhou as pedras que mostrou a André Ventura num debate televisivo, para simbolizar a diversidade de pessoas e de cores políticas envolvidas no 25 de Abril de 1974 que permitiram que agora pudesse estar "a debater com quem pensa diferente".
Junto à costa, o candidato frisou também a importância de os portugueses se virarem mais para o mar, já que "97% do território é mar" e o "mar é a grande porta para o mundo".
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