A Cimeira EUA-África, que decorrerá na capital norte-americana entre 13 e 15 deste mês, contará com a presença do chefe de Estado angolano, adiantou a presidência em comunicado.
A missão angolana nos Estados Unidos participará em diferentes momentos da cimeira ao longo dos quatro dias, como na “Mesa Redonda de Negócios organizada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos” e “uma conferência sobre questões globais de desenvolvimento promovida pelo Exim Bank”.
Angola participa ainda num Fórum de Negócios central “dedicado, essencialmente, ao futuro das relações comerciais e o investimento dos EUA em África, onde o Presidente Joe Biden vai usar da palavra”.
A presidência angolana sublinhou ainda na nota de imprensa que João Lourenço irá participar também durante a estadia em Washington num jantar oferecido pelo Presidente dos Estados Unidos na quarta-feira.
João Lourenço manterá ainda “reuniões de trabalho e audiências a empresários e da alta finança e altas figuras da Administração norte-americana, como é o caso de Antony Blinken, Secretário de Estado”.
Os EUA aproveitarão a cimeira com líderes africanos para capacitar o continente em relação às ameaças de segurança que África enfrenta, revelaram esta semana fontes oficiais.
Num briefing à imprensa, a subsecretária adjunta de Defesa para Assuntos Africanos dos EUA, Chidi Blyden, avançou em 07 de dezembro com alguns dos objetivos do Departamento de Defesa para a Cimeira EUA-África, tendo indicado que as prioridades passam por “empregar toda uma abordagem governamental para capacitar os parceiros africanos a enfrentar as ameaças e os desafios de segurança que todos enfrentamos”.
Entre as ameaças e os desafios evidenciados pela subsecretária estão instabilidade política, conflitos violentos, pandemias, insegurança alimentar, retrocesso democrático, clima mudanças e degradação ambiental.
Na Cimeira com os líderes africanos, o executivo norte-americano espera comunicar-lhes os seus objetivos e interesses de parceria no continente.
De acordo com a subsecretária, os EUA estão a tentar, em simultâneo, enfrentar desafios mútuos de segurança, proteger os seus interesses de segurança nacional e apoiar os objetivos dos governos africanos para entregar os dividendos de segurança necessários para prosperar no século XXI, para que África estabeleça instituições democráticas e avance nas oportunidades económicas.
A subsecretária adjunta de Defesa salientou que os EUA recalibraram a sua abordagem e não procurarão apenas capacitar o continente africano no campo da segurança, desenvolvimento e governança, mas também ajudá-lo a lidar com os fatores de instabilidade e conflito, para atender à “ambição de África”.
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