Este apelo foi transmitido por João Lourenço no início da reunião plenária entre os governos português e angolano, no Palácio Presidencial em Luanda, num breve discurso que dedicou à análise da cooperação bilateral luso-angolana.
Antes de o primeiro-ministro, António Costa, usar da palavra, João Lourenço começou por salientar que “a cooperação com Portugal tem uma abrangência que cobre praticamente todos os setores da vida nacional angolana, com uma dinâmica que considerou positiva e que só não é atualmente maior por causa dos constrangimentos que foram causados pela covid-19.
“Os investidores privados portugueses têm em relação aos demais a vantagem da língua comum, um cruzamento entre famílias e um vasto conhecimento da nossa cultura, dos nossos hábitos e costumes. Esse é um capital que não é mensurável e que não deve ser desperdiçado”, advertiu o chefe de Estado angolano.
A seguir, especificou que o Governo angolano “gostaria de ver maior investimento direto dos empresários portugueses no agro negócio, na hotelaria, turismo, construção civil ou comércio, indústria têxtil ou calçado”.
“Decorrem processos de privatização de ativos do Estado para os quais os empresários portugueses se podem habilitar”, completou, antes de abordar também uma das questões mais sensíveis nas relações bilaterais luso-angolanas e que se relaciona com a questão da dívida do Estado angolano a empresas nacionais.
“Queremos resolver tão cedo quanto possível a questão da dívida para tranquilizar homens e mulheres que apostaram no mercado angolano”, disse.
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