Responsáveis palestinianos disseram à agência France Presse que Abbas tomou a decisão de demitir os seus conselheiros depois de ter recebido as conclusões de um relatório pedido em junho sobre os salários e subsídios pagos aos ministros, antigos ministros e assessores.
“O presidente Abbas quer reduzir as despesas do seu gabinete com medidas de austeridade para enfrentar a atual crise orçamental”, confirmou à AFP Jihad Harb, analista político.
A ANP atravessa uma grave crise orçamental desde o anúncio por Israel em fevereiro do congelamento de 500 milhões de shekels (122 milhões de euros) do montante total entregue à Autoridade Palestiniana de impostos ou taxas alfandegárias sobre os produtos importados que o Estado hebreu recolhe.
Aquela soma corresponde, segundo Israel, ao valor dos subsídios que a ANP entrega às famílias de palestinianos detidos ou mortos por terem realizado ataques anti-israelitas.
Mahmud Abbas anunciou então que recusaria receber as taxas alfandegárias que Israel lhe deve entregar se uma parte fosse congelada.
Os impostos e taxas entregues por Israel representam 65% das receitas da ANP.
Nos últimos meses, a Autoridade Palestiniana reduziu para metade os salários da maioria das suas dezenas de milhares de funcionários.
Além disto, o governo norte-americano cortou em agosto de 2018 mais de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) de apoios aos palestinianos, depois de Abbas ter suspendido as relações com Washington em protesto pelo reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital de Israel.
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