Acho que [o Mesut Özil] não devia ter recusado o encontro [com Joachim Löw]. Quando se fazem críticas tão sérias num comunicado, deve-se aceitar também falar sobre o assunto”, disse Reinhard Grindel, à televisão pública alemã ZDF.
O médio, de 29 anos, ‘bateu com a porta’ da seleção germânica em 22 de julho, acusando os líderes da DFB de “desrespeito e racismo”, após a polémica levantada em torno do seu encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em maio.
Desde então, Joachim Löw não conseguiu entrar em contato com o jogador, que era um dos elementos imprescindíveis na seleção, que também recusa responder a mensagens ou telefonemas.
Na semana passada, Löw deslocou-se ao Arsenal Training Centre, em Londres, para se encontrar comos jogadores internacionais alemães. Özil não apareceu e Löw não foi autorizado a entrar no campo de treinos para o ver.
Nascido na Alemanha e filho de pais turcos, Özil foi um dos destaques da seleção alemã na conquista do Mundial2014, no Brasil.
Mas, depois de o seu encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Özil foi alvo de violentos ataques xenófobos contra a sua suposta falta de lealdade para com a Alemanha.
No final de julho, o jogador, que não tem nacionalidade turca, despediu-se da seleção alemã, através de um comunicado em que proferiu graves acusações ao presidente da DFB.
"Aos olhos de Grindel e dos seus apoiantes, eu sou alemão quando ganhamos, mas sou imigrante quando perdemos”, defendeu, na altura, Özil.
O presidente da DFB admitiu, mais tarde, que deveria ter apoiado melhor Özil, quando os ataques racistas foram desencadeados contra ele.
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