No discurso à nação, por ocasião do fim do ano, o chefe de Estado guineense considerou que é chegada a hora de se acabar com a crise que já dura há mais de dois anos através de soluções internas que conduzam à reconciliação.
“Nós não devemos confiar mais nos outros que vêm de fora, desvalorizando e deixando de lado os nossos irmãos. Essa atitude não é boa para a imagem do nosso povo e nem para o nosso país”, defendeu.
José Mário Vaz sublinhou serem válidas todas as propostas de saída da crise apresentadas até aqui, nomeadamente o Acordo de Conacri e o roteiro que o próprio elaborou e demonstrou aos seus pares na última cimeira da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada na Nigéria, no passado dia 16.
O líder guineense apontou o ano de 2018 como o da reconciliação nacional, apelou a todos os cidadãos para unirem aos esforços para a saída da crise política, deixando de lado ambições e egoísmos, frisou.
“Não podemos deixar que pequenas coisas nos dividam, todos somos irmãos e é certo de que um dia já divergimos em algum momento nas nossas vidas, mas nem por isso não reconsideramos as nossas posições”, enalteceu ainda José Mário Vaz.
Apesar do impasse político, o Presidente guineense entende que “o país mudou”, dando como exemplos “a paz civil autêntica”, nos últimos três anos, com o calar das armas nos quartéis militares, com o fim das mortes por motivações políticas e de prisões arbitrárias, bem como com o acentuar das liberdades dos cidadãos, disse.
Ainda assim, José Mário Vaz diz que as populações, sobretudo as do interior do país aguardam por realizações concretas dos políticos.
Nos últimos dias, o Presidente guineense tem-se desdobrado em contactos com os atores políticos e elementos da sociedade civil com vista a alcançar um entendimento para a saída da crise política.
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